O Grupo Zurich divulga o relatório “Gerir os impactos das alterações climáticas: respostas à gestão de risco”. O relatório fornece ferramentas de gestão de risco, identifica um conjunto de recomendações e define diferentes abordagens e procedimentos para apoiar as empresas a responder aos desafios globais do clima.
Divulgado na Climate Week NYC, encontro anual de investidores, governantes, CEO’s de diferentes empresas e cientistas que decorre em Nova Iorque, o relatório destaca a eventual insuficiência dos esforços realizados para travar o aquecimento global no sentido de atingir as metas definidas internacionalmente. Apresenta também recomendações de gestão de risco para que as empresas se adaptem de forma ágil aos riscos relacionados com as alterações climáticas.
“Tal como em muitos outros estudos internacionais, este relatório da Zurich prevê que as implicações das alterações climáticas para a Europa central e do sul estejam relacionadas com o aumento extremo da temperatura, diminuição da precipitação, aumento da temperatura dos oceanos, aumento do risco de incêndios florestais e diminuição do valor económico das florestas. Estes fenómenos climáticos terão forte impacto na nossa atividade e na atividade dos nossos clientes. Enquanto especialista de gestão e avaliação de risco e investidor, na Zurich estamos a avaliar os riscos das alterações climáticas porque queremos ser um parceiro na necessária transição para uma economia de baixo carbono”, afirma António Bico, CEO da Zurich Portugal.
O estudo da Zurich define uma estratégia com três passos-chave que as empresas podem seguir para prepararem os seus negócios para os impactos das alterações climáticas: (1) identificar os maiores riscos empresariais e estratégicos a longo prazo; (2) desenvolver uma visão minuciosa dos riscos, incluindo nas sucursais; (3) desenvolver uma estratégia de mitigação envolvendo seguros e resiliência, bem como implicações estratégicas para os modelos de negócios.
“A análise sugere que o nível de esforço realizado para evitar a subida da temperatura global acima de 2ºC, em relação aos valores pré-industriais, pode não ser suficiente. Perante este cenário, as empresas devem preparar-se para as consequências de um planeta mais quente. As empresas devem conhecer a magnitude dos seus riscos climáticos para definirem prioridades nas suas ações”, explica Alison Martin, Group Chief Risk Officer e membro do comité executivo da Zurich Insurance Group, avançando ainda que “é crucial que as empresas desenvolvam uma estratégia resiliente de adaptação às alterações climáticas e que a ponham já em prática”.
O objetivo do relatório da Zurich passa por fornecer a orientação necessária para as empresas refletirem sobre a sua exposição aos riscos relacionados com as alterações climáticas. Na Climate Week NYC os cientistas concordaram que a mudança do clima vai, provavelmente, levar à ocorrência de fenómenos climatéricos mais intensos e regulares. O estudo “Zurich PME: Riscos e Oportunidades” realizado pela Zurich Portugal, em 2016, identifica os furacões, ventos fortes e tornados como os episódios que 29% das PME acreditam que podem acontecer. Cerca de 39% das PME portuguesas acredita que os “danos materiais” serão os impactos mais prováveis das alterações climáticas.
“Na Zurique incentivamos a construção de infraestruturas mais resilientes em zonas críticas, o que pode ajudar os nossos Clientes, os governos e a população em geral na adaptação às alterações climáticas. Acreditamos firmemente na prevenção como melhor medida de proteção, uma vez que os custos de adaptação aos efeitos das alterações climáticas podem ser significativamente inferiores aos custos de danos causados. Por exemplo, através do nosso Flood Resilience Program, a Zurich demonstrou que em cada dólar investido em medidas de prevenção de inundações poupa, em média, 5 dólares em esforços de recuperação caso ocorra uma inundação”, acrescenta Alison Martin.