O Zoo Santo Inácio celebra o nascimento de uma espécie em vias de extinção, um hipopótamo-pigmeu, que se encontra em risco de desaparecimento devido à “desflorestação provocada pela indústria madeireira e pela ocupação humana”, pela “caça intensiva” e também por “conflitos armados nos locais de origem”, lê-se num comunicado.
De acordo com o Zoo Santo Inácio, esta espécie de hipopótamo – Choeropsis liberiensis – está inserida no Programa Europeu de Preservação de Espécies Ameaçadas de Extinção (EEP) da Associação Europeia de Zoos e Aquários (EAZA), pelo que este nascimento se revela fundamental para a gestão e conservação da espécie à escala global.
Tal como explica Teresa Guedes, diretora do parque zoológico, “em todo o mundo, estima-se existirem apenas entre 2000 e 2400 hipopótamos desta espécie, por isso este nascimento é particularmente especial para todos nós e permite-nos reforçar o nosso propósito de proteção e de preservação de espécies, especialmente as ameaçadas de extinção”.
Após seis meses e meio de gestação, a cria do sexo feminino nasceu no Dia de São Valentim, a 14 de fevereiro de 2021, e por este motivo foi batizada como Valentina. Até à data esteve na recolha para receber os cuidados maternais exigidos nos primeiros meses de vida. Filha de Romina e Kibwana, os únicos dois membros do grupo de hipopótamos-pigmeu do parque zoológico, a Valentina nasceu com um peso aproximado de 7 quilogramas.
Os hipopótamos-pigmeu, muito semelhantes aos hipopótamos comuns, são de cor preta, com um tom acastanhado ou esverdeado, e possuem uma pele lisa, mantida sempre húmida e brilhante. As crias desta espécie atingem a maturidade entre os 5 e 6 anos de idade, sendo que apenas 1 em cada 10 nascimentos são machos.
A partir desta segunda-feira, Valentina passa a poder ser conhecida pelos visitantes do Zoo Santo Inácio, enquanto dá os seus passeios no habitat exterior.