ZERO quer que sacos de qualquer material para frutas e legumes sejam taxados
Os sacos de plásticos transparentes, utilizados para fruta, legumes e pão e que iriam ser proibidos a partir desta quinta-feira, 1 de junho, vão passar a ser cobrados em supermercados, frutarias e outros estabelecimentos. A medida foi anunciada esta quarta-feira, 31 de maio, pelo Ministério do Ambiente e da Ação Climática ao JN, citado pelo Diário de Notícias.
Apesar de não se saber quando “entrará em vigor a cobrança e qual será o valor cobrado”, o Governo disse ao mesmo jornal que esta é uma medida que vai ao “encontro das normas europeias”.
Em resposta a esta medida, a Associação ZERO refere, em comunicado, que concorda com a proposta de aplicar uma taxa sobre todos os sacos de plástico ultraleves em alternativa à sua proibição, como estava previsto na Lei n.º 77/2019, de 2 de setembro.
No comunicado, a ZERO chama a atenção para a necessidade de “garantir que na proposta final esta lógica de pagamento por todos os sacos ou recipientes de uso único usados para acondicionar frutas, produtos hortícolas e de panificação, independentemente do material em que são fabricados, se mantém, garantindo igualdade de circunstâncias para todos os materiais”. O foco, no entender da Associação, deverá ser em “promover a reutilização de sacos e recipientes, permitindo às famílias evitar esta taxa, ao mesmo tempo que reduzimos o nosso impacto ambiental”.
ZERO defende a aposte na “reutilização”
A Associação é defensora da utilização de soluções reutilizáveis, constatando ser fundamental para “travar a busca incessante por mais recursos naturais para alimentar a enorme quantidade de sacos e recipientes descartáveis que usamos diariamente”. Contudo, “é importante garantir que as soluções reutilizáveis são, efetivamente, reutilizadas, ou seja, um saco de pano reutilizável pode e deve ser usado por vários anos, garantindo assim que a sua pegada ecológica diminui com cada utilização e conseguimos maximizar os ganhos ambientais”, atenta.
Em relação à substituição de materiais como primeira abordagem, a ZERO defende a aposte na “reutilização”, guardando-se essas alternativas para as situações onde, “por exemplo por questões de higiene ou segurança, as soluções reutilizáveis não sejam viáveis”.
Foto: Mercadona