Com o aumento significativo das temperaturas e a elevada radiação solar, a formação de ozono é claramente expectável, refere a Zero.
Independentemente da população poder consultar os níveis de ozono medidos através da rede de monitorização de qualidade do ar no site da Agência Portuguesa do Ambiente, é obrigação das entidades regionais (as Comissões de Coordenação e Desenvolvimento Regional) avisarem as outras autoridades e a população, através da comunicação social, da ocorrência de ultrapassagens aos limiares. É também desejável o anúncio de previsão de ultrapassagens. Infelizmente, em anos anteriores estes avisos não têm chegado às populações.
Como as ultrapassagens aos limiares têm um curto período (entre uma hora a algumas horas), os avisos têm de ser rápida e eficazmente transmitidos à população. Isso só pode ser feito através das rádios nacionais nos seus noticiários, rádios locais e televisões com uma forte componente de informação. Infelizmente, isso não está a acontecer e as populações não estão a ser avisadas nem da previsão nem do atingir dos elevados níveis de ozono, como seria de esperar. A ZERO defende que deve existir um sistema que obrigue determinados órgãos chave da comunicação social a transmitir estes avisos, à semelhança do que acontece noutros países.
Evitar consequências para a saúde
Os efeitos na saúde à exposição de curto prazo a elevadas concentrações de ozono passam por danos aos pulmões e inflamação das vias respiratórias, aumento da tosse e maior probabilidade de ataques de asma. São particularmente os grupos sensíveis (crianças, idosos e pessoas com doenças respiratórias) que podem sofrer consequências mais graves. Quando se verificam elevadas concentrações, as precauções passam por as pessoas permanecerem em casa ou noutros locais fechados e não fazer atividade física intensa.