A ZERO efetuou, recentemente, uma avaliação dos resultados relativos à qualidade das águas balneares na presente época balnear disponibilizados para consulta no Sistema Nacional de Informação de Recursos Hídricos e comparou com a situação verificada na época balnear passada de 2018 no mesmo período de tempo.
De acordo com a Associação, existem atualmente 608 águas balneares, com “algumas praias a relevarem problemas mas de forma menos expressiva que na época balnear passada”. O desaconselhamento ou proibição de banhos, mesmo que durante um curto período de tempo, “afetou 37 praias, menos uma que em igual período do ano passado”, lê-se no site da ZERO. Em 30 casos, tal deveu-se maioritariamente a “análises que ultrapassaram os limites fixados tecnicamente a nível nacional relativamente aos dois parâmetros microbiológicos que são avaliados (Escherichia colie Enterococus intestinais)” ou a situações como a “ocorrência de microalgas vermelhas” (que em junho afetaram diversas praias no Algarve, em particular entre Faro e Loulé). Há outros sete casos, onde, por razões variadas, nomeadamente “risco ou existência de problemas de contaminação, as praias foram interditadas diretamente pelo Delegado Regional de Saúde”.
Em relação ao ano passado, as praias com problemas reduziram-se apenas em 0,2% (de 6,3% para 6,1).Porém, segundo a ZERO, comparando as épocas balneares de 2018 e 2019, em ambos os casos até 15 de agosto, “as praias afetadas desceram de 38 para 30 (uma redução de 21%) e no que respeita ao número de situações que conduziram ao desaconselhamento ou proibição de banhos no total das águas balneares, tal reduziu-se de 49 para 31 (uma redução de 36%)”. Em sentido inverso, verificou-se um “aumento de três para sete as águas balneares interditadas pelos Delegados Regionais de Saúde”.
Do total de 37 águas balneares afectadas, 8 são zonas balneares interiores e 29 costeiras. O único caso persistente, com dois desaconselhamentos / interdição a banhos, foi o da Praia de Faro-Mar no concelho de Faro. Nenhuma zona balnear na Região Autónoma dos Açores relevou qualquer problema.