No âmbito do investimento em iniciativas de combate à pobreza energética, da promoção do acesso à energia e de eficiência energética, e da implementação de soluções de acesso à energia solar ou mobilidade elétrica, a EDP compromete-se, agora, a investir mais de 300 milhões de euros até 2030 através de um novo programa global de investimento social – Y.E.S -, que irá desenvolver, promover e coordenar as diferentes iniciativas nesta área.
Segundo a empresa, prevê-se que estas iniciativas de promoção de uma transição energética justa representem cerca de 45% deste investimento total até 2030.
Em paralelo, a EDP mantém o acesso à Cultura como um eixo-chave da sua estratégia social. “O grupo tem um largo histórico de investimento nesta área, que se reflete no seu papel em ativos como o MAAT, a Central Tejo ou o Museu de Língua Portuguesa no Brasil e acredita na relevância da cultura para o desenvolvimento das sociedades”, pode ler-se numa nota, divulgada pela empresa.
Todos os projetos de âmbito social desenvolvidos no grupo terão, a partir de agora, uma nova identidade comum –EDP Y.E.S. – You Empower Society –, uma marca global e transversal que permitirá contar uma narrativa integrada sobre os vários projetos sociais da EDP, destacando o seu impacto positivo na sociedade.
O investimento, acima de 30 milhões de euros por ano, será feito através de diferentes veículos, como as fundações em Portugal, Espanha e Brasil e as diferentes unidades de negócio.
“A emergência climática que vivemos exige ambição, compromisso e a colaboração de todos por uma transição energética mais rápida e justa. Ninguém pode ficar para trás neste caminho e é nesse sentido que a EDP está a reforçar a sua aposta num programa social mais ambicioso e com maior impacto nas comunidades. Queremos fazê-lo através de iniciativas de combate à pobreza energética e de acesso a energia, promovendo também a educação e a cultura. Na EDP, assumimos como missão gerar mudanças positivas e estou confiante de que o novo programa Y.E.S. será um importante contributo para atingir esse objetivo”, declara Miguel Stilwell d’Andrade, presidente executivo da EDP.
Estratégia com nova coordenação global
Entre as ações previstas já em 2022 contam-se o programa Futuro Ativo Sines, um exemplo de projetos de reconversão de centrais termoelétricas em centros de produção de energia verde, com o apoio a iniciativas de empreendedorismo sustentável, formação em energias renováveis ou melhoria das condições energéticas para as famílias.
Outra das iniciativas previstas envolve a promoção do solar solidário em diferentes geografias, através das Fundações em Portugal, Espanha (com a Fundación EDP) e Brasil (com o Instituto EDP) que consiste na disponibilização de painéis fotovoltaicos, para produção de energia, em organizações não governamentais, famílias ou grupos mais vulneráveis.
Com a nova estratégia, a EDP também assume o combate à pobreza energética e a promoção da eficiência energética em comunidades mais carenciadas como uma das suas prioridades. Em Espanha, já foram lançados vários projetos neste âmbito, estando previsto, já este ano, o desenvolvimento de iniciativas similares em Portugal com um investimento global superior a um milhão de euros. Adicionalmente, a EDP reforçou a parceria com a organização não-governamental Just a Change com a qual colabora desde 2018 no combate à pobreza energética.
Ao reforço de investimento junta-se a criação de uma área de coordenação de impacto social (SICO – Social Impact Coordination Office) que terá a missão de maximizar o impacto social do grupo EDP, através da definição da estratégia global e coordenação dos projetos de âmbito social nas diferentes geografias e áreas de atividade, incluindo ações de voluntariado e parcerias com outras entidades.
Fundo A2E duplica financiamento para projetos em África
A aposta em projetos que promovem o acesso a energia limpa em países em desenvolvimento é outro dos compromissos que sai reforçado com a nova estratégia de impacto social da EDP. Criado em 2018, o Fundo A2E (Access to Energy) arranca com a sua quarta edição esta terça-feira, dia 12 de abril, com o dobro do valor de financiamento: um milhão de euros para apoiar projetos em cinco países africanos – Moçambique, Nigéria, Maláui, Angola e Ruanda.
Além do reforço do montante global, o valor a atribuir por candidatura selecionada também é aumentado para um montante que pode ir de 50 mil a 150 mil euros. “É uma mudança significativa que vai permitir desenvolver projetos mais robustos e com maior impacto nas comunidades, tanto no número de organizações apoiadas como no número de pessoas beneficiadas”, refere na mesma nota.
A fase de candidaturas, que agora arranca através do site EDP, termina a 16 de maio, estando prevista a divulgação dos resultados no final deste ano. Nas últimas três edições, o Fundo A2E destinou 1,5 milhões de euros em 20 projetos, gerando benefícios diretos e indiretos a mais de um milhão de pessoas em sete países de África.