A Câmara de Viana do Castelo quer traçar o perfil ambiental da cidade através de um projeto que envolve instituições do ensino superior, a candidatar em 2019 a fundos europeus, anunciou o presidente do município.
Em declarações à Lusa, o socialista José Maria Costa explicou que este projeto conta com uma parceria entre a autarquia, o Instituto Politécnico de Viana e a Universidade do Minho, em Braga.
O autarca explicou que o objetivo do grupo de trabalho, designado Assinatura Ambiental da Cidade, que integra o Instituto Politécnico de Viana do Castelo (IPVC) e o Centro de Território, Ambiente e Construção (CTAC) da Escola de Engenharia da Universidade do Minho (UMINHO), em Braga, é garantir “fundamentação científica” a um projeto de “inventariação e monitorização das condicionantes ambientais da área urbana da cidade” que permita ao poder político “avaliar ou até reorientar algumas políticas públicas, por exemplo relacionadas com o urbanismo”.
O projeto prevê a criação de uma plataforma digital, explicou, que “irá permitir o acesso dos cidadãos à informação ambiental recolhida, quer do ponto de vista da qualidade do ar, da água, do ruído e das infraestruturas viárias, entre outros indicadores”.
José Maria Costa especificou que, “até ao final do ano, a comunidade científica irá elaborar a grelha de indicadores ambientais a aferir para que, no próximo ano, o projeto Assinatura Ambiental da Cidade possa ser submetido à reprogramação dos fundos comunitários”.
“Está prevista a aquisição de um conjunto de equipamentos necessários às medições, em tempo real, à inventariação e à monitorização das condicionantes ambientais da cidade”, explicou o autarca socialista.
O objetivo daquela “avaliação integrada, com duração de vários anos, é conhecer a evolução ambiental da cidade, projetar e monitorizar os indicadores da qualidade do ar, do ruído, das infraestruturas e dos sistemas urbanos, mas também o impacto das transformações urbanas realizadas na cidade na qualidade de vida das populações”.
“Neste momento o que se está a constituir é um conceito, e daí a importância da componente científica garantida pela Universidade do Minho de Braga e pelo Instituto Politécnico de Viana do Castelo. A nova metodologia de trabalho cientificamente recomendável que daí resultar será importante até para futuros projetos ambientais que venhamos a desenvolver, nomeadamente, no âmbito das alterações climáticas”, concluiu.