À beira do desespero, dezenas de produtores de castanha estão a lançar pedidos de ajuda junto dos municípios da área de residência para salvarem os soutos atacados pela vespa-da-galha-do-castanheiro. Só em Trancoso, no distrito da Guarda, estão sinalizados 1500 hectares de castanheiros de produtores individuais, mas há outros concelhos afetados como Gouveia, Aguiar da Beira, Fornos de Algodres, Tondela e Oliveira do Hospital.
A praga originária da China, que deu entrada em Portugal, pelo Norte, vai para dois anos, está atualmente a causar estragos na região Centro, explica o Jornal de Notícias, podendo dizimar este ano cerca de 50% da produção.
O presidente da Câmara de Trancoso decidiu financiar as cerca de 20 largadas de insetos parasitas previstas para o concelho, num investimento de sete mil euros. “São insetos como a vespa mas que, vivendo à custa desta, acabam por destrui-la”, refere ao JN o técnico da Direção Regional de Agricultura e Pescas do Centro, Joaquim Almeida. “A ideia é que, dentro de três a quatro anos, os castanheiros voltem a ser saudáveis. Mas até lá haverá muitas perdas”, disse ainda.
Em Trás-os-Montes foram encontrados focos de vespa-da-galha-do-castanheiro em Bragança, Macedo de Cavaleiros, Vinhais e Valpaços, mas os casos estão confinados às árvores jovens, plantadas nos últimos dois anos, e adquiridas em viveiros não certificados.