O governo da Venezuela suspenderá a partir de hoje, dia 4 de julho, os racionamentos de energia impostos em fevereiro, após recuperar a sua reserva hidroelétrica, anunciou o presidente Nicolás Maduro. “A partir de segunda-feira fica sem efeito o Plano de Administração de Carga (cortes do serviço) e a operação será normalizada durante as 24 horas [do dia]“, destacou Maduro.
As medidas de racionamento foram adotadas por causa da pior seca que a Venezuela enfrentou em 40 anos devido ao fenómeno do El Niño. Esta situação gerou uma severa crise elétrica que levou o governo a impor apagões em quase todo o país, a reduzir drasticamente a jornada de trabalho no setor público e a antecipar em 30 minutos o horário oficial. O presidente não informou se o setor público voltará a trabalhar no horário normal.
Maduro lembrou que a Venezuela esteve a “seis dias de um colapso” no sistema elétrico, mas que com o início da temporada de chuvas, a emergência foi-se dissipando.
“Recuperamos (a barragem) El Guri e estamos em condições de dar um serviço elétrico que funcione de forma natural”, indicou.
Durante a crise energética, o governo denunciou um plano de sabotagem da parte da oposição, que deixou pelo menos três mortos. As vítimas foram três homens, que morreram eletrocutados, denunciou na semana passada o ministro de Energia Elétrica, Luis Motta. Os adversários de Maduro, que fazem campanha para um referendo revogatório, negaram as tentativas de sabotagem e culparam pela emergência o governo pela corrupção e a falta de manutenção da infraestrutura.
Além do fim dos racionamentos, o chefe de Estado anunciou um plano para substituir dois milhões de aparelhos de ar condicionado por sistemas similares que gastem menos energia.