Venda de esgoto rende meio milhão por ano
A Estação de Compostagem da ETAR de Parada, na Maia, rende 500 mil euros anuais à Câmara Municipal graças à venda de fertilizantes produzidos a partir das lamas do saneamento.
O produto final já chegou a ser exportado para o Norte de África e Holanda. Atualmente, a procura interna esgota toda a produção.
Para além disso, esta estação faz ainda o aproveitamento da energia calorifica produzida no tratamento de esgotos, que é convertida em energia elétrica e vendida à rede pública.
Na ETAR, tal como na maioria destes equipamentos faz-se o tratamento secundário das águas residuais domésticas e não domésticas que chegam através de redes de saneamento. Neste processo, a água já tratada é despejada para o rio Leça. Porém, desta operação resultam lamas que normalmente são enviadas para o aterro, resultando num custo para a autarquia.
No caso desta Estação de Compostagem, estes submetem estes resíduos a um processo de transformação por microorganismos, após o seu espessamento com casca de pinheiro moído ou levedura de cerveja.
Este tratamento permite depois obter um composto 100% orgânico e com elevado valor fertilizante que pode ser utilizado na jardinagem e na floricultura, e ainda nos pomares ou na horticultura.
Além das lamas da própria ETAR, a central faz também compostagem das lamas de outras duas ETAR do concelho: Ponte Moreira e Cambados. Isto permite uma capacidade de produção diária de 20 toneladas de fertilizante, durante 365 dias por ano, sendo que ainda assim não é o suficiente para o número de encomendas.