A Valorsul prevê que sejam recolhidas, até ao final deste ano, cerca de 91 mil toneladas de materiais recicláveis nos seus municípios. Face à quantidade de material recolhida em 2017, “verifica-se um expressivo crescimento de cerca de 21% na separação para reciclagem de papel, cartão, plástico, metal e vidro”, refere em comunicado a empresa de gestão de resíduos.
Para a empresa, a melhoria no desempenho ambiental da região deve-se a uma “maior consciência ambiental, a um forte investimento em novos ecopontos, viaturas e centros de triagem e a campanhas de incentivo à reciclagem” que a Valorsul e os municípios têm vindo a desenvolver em conjunto.
De acordo com a Valorsul, entre 2016 e 2021 o plano de investimentos da Valorsul ascende a “45 milhões de euros com o objetivo de melhorar o serviço público de gestão de resíduos prestado pela empresa, dos quais 16 milhões são investimentos na recolha seletiva e triagem de recicláveis”.
Além dos benefícios ambientais, o aumento das recolhas seletivas também representa uma poupança efetiva para os 19 municípios. Assim, “vão ser desviadas dos caixotes do lixo indiferenciado mais cerca de 16 mil toneladas de recicláveis (trifluxo) que em 2017”, o equivalente a uma poupança anual de cerca de “1,1 milhões euros em custos municipais de recolha e deposição em aterro ou valorização energética”, refere o mesmo comunicado.
Seis Municípios crescem acima dos 50%
A separação para reciclagem cresceu acima dos 50%, nos últimos 2 anos, em 6 municípios: Alcobaça, Arruda dos Vinhos, Nazaré, Rio Maior, Sobral de Monta Agraço e Torres Vedras. O crescimento maior verificou-se em Arruda dos Vinhos que se estima vir a terminar 2019 com mais 77% de recicláveis recolhidos que em 2017.
Na região de Lisboa, destacam-se os Serviços Municipalizados de Loures e Odivelas com um crescimento de 20% e o município de Lisboa que, além de ser o município com maiores quantidades recolhidas per capita, cresceu nos últimos dois anos mais 16%.
A estratégia seguida pela Valorsul e pelos municípios foi de aproximar, o mais possível, o número de ecopontos ao número de contentores de lixo indiferenciado. Os resultados demostram que a opção de recolha com ecopontos continua a ser uma boa solução e permite às famílias a liberdade de deposição, todos os dias, 24 horas por dia.
Valorsul pretende aumentar a capacidade da Estação de Valorização Orgânica
A recolha seletiva de bioresíduos – os restos alimentares e de jardim – é feita em colaboração com os municípios há 12 anos. Este material é transformado pela Valorsul em composto para agricultura.
Para cumprir as exigentes metas nacionais e comunitárias, nos próximos anos, a Valorsul e os municípios pretendem incrementar esta recolha seletiva – que atualmente está focada sobretudo em restaurantes e mercados – e abranger também as famílias nesta separação. Face ao aumento esperado na quantidade de bioresíduos separados, a Valorsul vai candidatar um investimento de 9,6 milhões de euros para aumentar também a capacidade da sua Estação de Valorização Orgânica.