O Valorfito revelou que, em 2023, a recolha e tratamento de Embalagens Vazias de Produtos Fitofarmacêuticos, Sementes e Biocidas voltou a crescer. As quantidades totais recolhidas suplantaram as 508 toneladas, com um número total de 945 operações de levantamento, registando-se uma subida nunca vista na Taxa de Retoma Global, de 50% para 57%, aproximando-se da meta estabelecida pela Sigeru de alcançar os 60% de taxa de retoma.
Especial destaque para a taxa de recolha de embalagens de produtos fitofarmacêuticos, que cresce, este ano, de 57% para 66,3%, um valor muito expressivo e nunca registado.
Entre 2022 e 2023, o Valorfito alcançou um crescimento de 6,5% na taxa de recolha, um resultado revelador do esforço e estratégia implementada pelo Sistema de Gestão de Embalagens, que este ano reforçou a sua capacidade de resposta com a contratação de mais e melhores serviços de tratamento de resíduos, musculando a sua ajuda aos profissionais agrícolas. Sendo a maioria dos resíduos geridos pelo Valorfito provenientes da agricultura profissional, é aqui que a entidade gestora quer estar cada vez mais presente, garantindo um apoio contínuo.
À semelhança de outros anos, o maior desafio continua a ser o setor das sementes e biocidas, onde se regista um ligeiro decréscimo, e que, por isso, se mantém como a principal prioridade para o sistema.
“Cientes de que este é um segmento ainda pouco maduro no que respeita à recolha, temos como prioridade apelar aos agricultores que já entregam as suas embalagens de produtos fitofarmacêuticos e que o fazem, ano após ano, com cada vez maior responsabilidade, que façam o mesmo com as sementes e biocidas”, refere António Lopes Dias, Diretor Geral do Valorfito. “Por se tratar de resíduos não perigosos, as embalagens de sementes devem ser colocadas num saco específico Valorfito, de cor verde, distribuídos regularmente pelas nossas equipas mas que podem ser solicitados sempre em função das necessidades”. Além disso “há ainda desafios no setor das embalagens de fitofarmacêuticos, nos quais estamos profundamente empenhados, prevendo-se que para 2024 canalizemos o nosso foco nas zonas de minifúndio, uma vez que tudo nos indica que é por aí o caminho para continuar a incrementar a taxa de retoma global”, conclui.