Num ano particularmente complexo a nível socioeconómico, em 2021 o Valorfito registou um crescimento de 6,3% face às recolhas de 2020 e superou, pela primeira vez, as 500 toneladas de produtos recolhidos. “Valores muito significativos, que colocam a taxa de retoma global acima dos 45% e permitem estabelecer novas e ambiciosas metas para 2022”, refere a empresa.
Depois de um ano e meio especialmente difícil para todo o setor, o Valorfito faz um balanço bastante positivo, com resultados que além de superar as expectativas do mercado colocam novos desafios e ambições ao setor. “Globalmente, os produtos fitofarmacêuticos continuam a ser os que registam melhor comportamento – com uma taxa de retoma de 51,2%, liderando a performance – sendo que é no campo das sementes e biocidas que registamos os resultados mais tímidos”, lê-se num comunicado.
Ainda assim, o crescimento tem sido constante, sendo que no caso específico dos biocidas, ainda que exista evolução positiva – este ano de 1,3% para 1,9% – “há uma necessidade crescente de canalizar esforços que permitam aumentar, ano após ano, num trabalho contínuo, a taxa de retoma”, refere António Lopes Dias, diretor-geral da Valorfito, acrescentando que, “tal como acontece nos fitofarmacêuticos que é um segmento sempre em crescimento, o apelo cada vez mais forte que deixamos aos nossos agricultores e outros utilizadores é para que adotem com as sementes e biocidas as mesmas boas práticas que tão bem conhecem e que já implementam, diariamente, em relação às embalagens de produtos fitofarmacêuticos”.
Ainda assim, com o crescimento global de todos os segmentos, as metas e desafios são cada vez maiores. Para 2022, o objectivo é alcançar os 60% de taxa de retoma global: “Uma missão difícil, que ainda não foi possível alcançar em contexto pandémico, mas que acreditamos agora ser viável, contando com o profissionalismo, compromisso e sentido de responsabilidade de todos os operadores do setor, para fazer cumprir. A verdade é que em 2021 fizemos perto de 1.000 operações de levantamento de embalagens, mais 20% do que no ano anterior, o que espelha a capacidade do setor de, mesmo num ano marcado pela severidade da pandemia, reforçar a sua capacidade de resposta. Fizemo-lo através da contratação de mais e melhores serviços de recolha e tratamento dos “nossos” resíduos, pelo que, acreditamos que multiplicando esse esforço e com a ajuda de todos, em 2022 cumpriremos aquilo a que nos propomos”, declara António Lopes Dias em jeito de balanço sobre os números alcançados em 2021.
Perante os resultados deste ano “torna-se evidente que o setor mantém a sua resiliência e o foco em superar, ano após ano, os seus resultados sendo que para 2022 a prioridade serão, sem dúvida, o segmento das sementes e biocidas, num trabalho contínuo de comunicação e sensibilização com todos os intervenientes do sector”, refere António Lopes Dias.
Metas à parte: “Resta-nos agradecer aos agricultores que mostram cada vez mais o seu profissionalismo e sentido de cooperação, aos pontos de retoma pelo seu empenho e voluntarismo e a toda a equipa da Sigeru pela sua paciência e resiliência, mesmo nos momentos de grande pressão”, remata o director geral.