O principal autor do estudo publicado na revista especializada Science, Dustin Garrick, destaca o panorama de “escassez e serviços de água desadequados” para salientar a necessidade de ultrapassar a “teimosia e barreiras” institucionais com “tecnologia, ciência e incentivos” à valorização da água.
Garrick, professor da Universidade de Oxford, sugere com a sua equipa que “valorizar e gerir a água” implica atribuir-lhe o valor certo, que ultrapassa o valor monetário, reconhecendo que é essencial para o desenvolvimento sustentável, para além de permitir manter a vida.
Ameaças concretas como as secas, inundações e poluição, bem com a falta de infraestruturas, custam anualmente, de acordo com um estudo de 2015 da Universidade de Oxford, quase 500 mil milhões de euros.
No mês passado, o Banco Mundial, parceiro do estudo liderado por Dustin Garrick, estimou que o custo de uma seca em ambiente urbano é quatro vezes superior ao de uma cheia, e que a seca nas comunidades rurais de África pode criar uma espiral de pobreza que atravessa gerações.
O economista Richard Damania, do Banco Mundial, indicou que se não se reduzir o desperdício, a água faltará ainda mais nos sítios onde já escasseia, e que isso terá impactos no crescimento económico e no desenvolvimento de nações com falta de água.