Um novo estudo realizado pela DS Smith revela que serão comprados online mais 224 milhões de presentes de Natal do que o ano passado. De acordo com os resultados do estudo, partilhados em comunicado, o número total de presentes comprados online atinge, assim, mais de 4 mil milhões pela primeira vez.
Este aumento, segundo a empresa, irá colocar uma “pressão adicional” sobre as cadeias de fornecimento de retalho, já sobrecarregadas, uma vez que mais de “dois quintos dos europeus (43%) afirmaram que já estão a comprar mais produtos online desde o início da pandemia de Covid-19”.
Embora este crescimento exponencial possa ser encorajador para muitos retalhistas, os profissionais da DS Smith alertam que “este aumento nas vendas irá resultar em 350 mil toneladas de embalagens desnecessárias e acarreta riscos de reputação e para o negócio”. Assim, alertam os responsáveis, um “packaging mal desenvolvido” significa que “menos embalagens podem ser empilhadas em carrinhas e um maior risco de danos”, causando um “efeito dominó na cadeia de fornecimento que se traduz em mais carrinhas na estrada para entregar os presentes em casas por toda a Europa”.
A DS Smith calculou que haverá 2,2 milhões de viagens extra feitas por carrinhas de distribuição durante o período de Natal para entregar estes 224 milhões de presentes adicionais. No entanto, devido ao packaging excessivo nos 4 mil milhões de presentes que estão a ser comprados online, serão feitas quase “590 mil viagens que poderiam ser evitadas”, causando uma “emissão adicional de 11.400 toneladas de CO2”, um “número significativo quando a maioria das empresas está a trabalhar para reduzir o seu impacto ambiental”.
Além disso, o estudo indica que é também necessário considerar o impacto na reputação a longo prazo dos retalhistas: “36% dos consumidores disseram que esperariam obter uma troca gratuita caso o presente chegasse danificado, enquanto que 34% afirmaram que dificilmente voltariam a comprar ao retalhista e 40% que solicitariam um reembolso”.
Relativamente aos prazos de entrega, os clientes continuam a “exigir um elevado nível de excelência”, apesar dos efeitos da pandemia: “31% das pessoas assumiram que seria pouco provável comprar novamente a um retalhista no caso da sua encomenda chegar atrasada, enquanto que 22% das pessoas cancelariam um pedido se soubessem que o presente chegaria com atraso”, indica o estudo.
Como o presente chega também é importante: “quase um terço (32%) dos consumidores afirmaram que as embalagens recicláveis ou reutilizáveis são características que consideram particularmente importantes”. Da mesma forma, “36% acreditam que as embalagens devem ter o tamanho certo para se ajustarem aos produtos e que qualquer espaço vazio deverá ser reduzido ao mínimo”, pode ler-se no comunicado.
Como resultado, a DS Smith está a “apelar aos retalhistas que invistam em embalagens sustentáveis e eficientes”, perante as previsões de um Natal recorde, para “garantir que os presentes cheguem com segurança e no prazo estimado”.
Stefano Rossi, CEO da Divisão de Packaging da DS Smith, destaca que “o Natal é normalmente uma época em que nos reunimos com a família e amigos para celebrar, mas com a Covid-19 a afetar as nossas celebrações tal como as conhecemos, muitas pessoas estão a recorrer à Internet para comprar e enviar presentes como demonstração do seu afeto. Isto, aliado ao rápido crescimento do e-commerce durante o período de confinamento, está a exercer uma pressão sem precedentes sobre as operações logísticas. Utilizar um packaging mal desenvolvido tem consequências: acarreta mais viagens, o que significa que os presentes demoram mais a chegar do ponto A ao B. As empresas devem considerar cuidadosamente como embalam os produtos de forma eficaz e com materiais de embalagem sustentáveis e a ajuda está facilmente acessível. As nossas soluções de embalagem de alto desempenho podem garantir o melhor uso da fibra, reduzindo o espaço necessário e o número de danos e, ao mesmo tempo, aumentando a sustentabilidade”.
No entanto, um bom packaging não é necessário apenas no Natal. Uma pesquisa adicional conduzida pela DS Smith revelou que “mais de dois quintos (45%) dos consumidores estão preocupados com a sustentabilidade devido ao uso de embalagens excessivas”. A mesma pesquisa mostrou que “66% mudariam onde compram se isso significasse usar menos embalagem e 41% afirmaram que gostariam que a produção do packaging tivesse um impacto reduzido no meio ambiente”.