Os jovens adultos não praticam atividades extracurriculares promotoras da cidadania ambiental, com apenas 13% a fazê-lo, nomeadamente reciclagem, voluntariado na limpeza de praias e zonas verdes, participação em seminários de consciencialização e participação no Grupo Lixo Zero Portugal (Zero Waste). Esta é uma das conclusões do inquérito da Universidade Portucalense junto de 155 alunos, cujo objetivo foi percecionar a literacia ambiental e preocupações com as alterações climáticas dos jovens estudantes.
Apesar destes jovens adultos assumirem “terem preocupações ambientais, ainda são poucas as práticas que podem comprovar essas preocupações”, diz o inquérito partilhado à imprensa. Por outro lado, assumem que também “gostariam de ter mais informação e de lhes ser dada a oportunidade de realizar mais ações de consciencialização ambiental durante o seu percurso universitário, transversais a todos os cursos e a todo os anos de ensino”.
Segundo o estudo da Universidade Portucalense, os jovens defendem ainda que “é preciso tomar medidas em torno da educação e proteção ambiental, promovendo mais reciclagem e mais poupança de água e luz, mas verificam-se ainda poucos comportamentos em torno da sustentabilidade”. Estas exigências advêm do facto de serem as atividades humanas, segundo os dados do inquérito, “as que mais contribuem para as alterações climáticas e extinção de algumas espécies e, como tal, dizem os jovens, todos poderão contribuir para diminuir esses efeitos”.
Já no que toca às atitudes mais sustentáveis, percebeu-se que há alunos que levam sempre um saco reutilizável ao supermercado, mas a grande maioria continua a comprar produtos embalados em plástico.
Em termos de literacia ambiental, constata-se que, apesar dos alunos demonstrarem algumas preocupações com o ambiente, ainda são “poucas as ações e comportamentos que revelam essa preocupação”. Ou seja, apesar de uma grande maioria utilizar os transportes públicos para as suas deslocações para a Universidade, “mais de 20% ainda continua a utilizar o automóvel particular”, indica o mesmo inquérito.
No mesmo estudo verificou-se ainda um “baixo conhecimento das Organizações Não Governamentais do Ambiente”, sendo que “mais de 50% assume não conhecer qualquer ONGA”.