Ajudar empresas através de plataformas tecnológicas capazes de apresentar soluções para determinadas necessidades é a linha de pensamento da Universidade de Aveiro, que tem vindo a aprofundar a relação do mundo académico e de investigação científica com o mundo empresarial.
A funcionar por departamentos e não por faculdades, a universidade da região centro criou oito plataformas tecnológicas, que funcionam com estruturas informais e que estão disponíveis no apoio às empresas que requeiram a sua ajuda. As plataformas encontram-se alinhadas com as áreas de especialização inteligente da região e estão dividas em diversas áreas: Plataforma Tecnológica Agroalimentar; Plataforma Tecnológica do Mar; Plataforma Tecnológica dos Moldes & Plásticos; Plataforma Tecnológica Multidisciplinar Alta Pressão; Plataforma Tecnológica Connected Communities/Comunidades Inteligentes; Plataforma Tecnológica da Bicicleta e da Mobilidade Suave; Plataforma Tecnológica da Floresta; Plataforma Tecnológica Habitat@ua.
Além das plataformas, a universidade possuí também duas estruturas de interface: A Unidade de Transferência de Tecnologia da Universidade de Aveiro (UATEC) e a Incubadora de Empresas da Universidade de Aveiro (IEUA).
A marcar presença na Green Business Week, que decorreu de 15 a 17 de março, no Centro de Congressos de Lisboa, Catarina Lemos, gestora das Plataformas do Mar e da Floresta, explicou, em declarações à Ambiente Magazine, que esta participação funciona como “uma montra” do trabalho que tem sido desenvolvido pela universidade e que pretendem assim, “dar uma resposta multidisciplinar” aos desafios das empresas que são muitas das vezes, “comuns a vários departamentos”.
Para além disso, a Green Business Week é também uma feira que pode ser vista como uma oportunidade de transferência de tecnologia, e onde a Universidade pode contactar diretamente com empresas que queiram soluções tecnológicas no mercado.
“A feira é de transferência de tecnologia e a Universidade desenvolve muita tecnologia. Tudo isto são soluções para transferir para o mercado, o que faz com que estejamos aqui até porque queremos transferi-las para o mercado. A ideia é valorizar as tecnologias que temos”, salienta a responsável.
Por outro lado, afirma Catarina Lemos, é importante que se promova uma parceria com o mundo empresarial, até porque pode favorecer uma oportunidade de financiamento em programas “como o Portugal 2020”.
Nas plataformas de Mar e Floresta
Em relação a algumas das mais recentes novidades, a gestora começou por referir que ao nível do mar, estão a trabalhar atualmente na “monitorização” e a desenvolver soluções para os portos. A par disso, a plataforma tem trabalhado na área de novos materiais e na melhoria da qualidade das águas, onde estão a ser utilizadas “macroestruturas de grafeno, que são utilizadas para remover metais da água”, declara.
Por fim, e ao nível florestal, Catarina Lemos frisou o trabalho desenvolvido “ao nível das cadeias de valor para potenciar a produtividade florestal” e com “valorização da biomassa”. Além disso, a responsável falou ainda de um novo projeto de economia circular ligado à economia florestal, chamado Katche_e, e que surge no âmbito da promoção de competências no desenvolvimento de produtos e serviços para os setores do mobiliário e construção.