O Conselho de Coordenação Internacional do Programa “Man and the Biosphere” (MaB) da UNESCO aprovou recentemente, na sede da UNESCO, em Paris, os relatórios de Revisão Periódica das Reservas da Biosfera das Berlengas (arquipélago localizado ao largo de Peniche) e de Santana (Município da Ilha da Madeira), no âmbito do cumprimento das exigências para manter a classificação internacional.
Segundo uma nota do Governo, em 2011 foram criadas as duas Reservas da Biosfera e integradas na Rede Mundial de Reservas da Biosfera da UNESCO, por decisão do Conselho de Coordenação Internacional do Programa MaB.
Cumpridos 10 anos da sua criação, e de acordo com as exigências do Programa MaB, foi elaborado o Relatório de Revisão Periódica para cada uma destas Reservas. “Estes incluíram a compilação de informações e a avaliação das principais atividades e projetos desenvolvidos através de um processo participativo. Foram envolvidas as populações e várias entidades, culminando com uma consulta pública”, lê-se na mesma nota.
Este foi um importante momento de balanço e também de discussão de propostas de ação e de programação para a próxima década nestes territórios.
A ausência de apresentação de resultados nas áreas de “Conservação da biodiversidade e diversidade cultural”, “Desenvolvimento social e ambientalmente sustentável” e “Suporte à investigação, capacitação, monitorização, educação e comunicação” poderia levar à “desclassificação dos territórios” como Reserva da Biosfera da UNESCO, refere a mesma nota.
Portugal tem 12 territórios com a designação de Reserva da Biosfera da UNESCO, seis no continente (Boquilobo, Gerês-Xurês, Tejo internacional, Meseta Ibérica, Castro Verde e Berlengas), quatro no arquipélago dos Açores (Corvo, Graciosa, Flores e Fajãs de São Jorge) e dois no arquipélago da Madeira (Santana e Ilha de Porto Santo).
Os territórios classificados são excelentes embaixadores de Portugal numa Rede Mundial, atualmente com 738 Reserva da Biosferas espalhadas por 134 países, com a visibilidade e a qualidade que a marca UNESCO impõe.