“69% dos portugueses estão a considerar comprar um veículo elétrico ou híbrido”. Esta é uma das conclusões do mais recente estudo do Observador Cetelem Automóvel 2022 que confirma a preocupação – cada vez maior – dos automobilistas face às alterações climáticas.
Quando questionados sobre a gama de carros que mais gostariam, os inquiridos escolhem o SUV/4×4. Em Portugal, “55% dos proprietários de SUV e 24% dos não proprietários confirmam que vão optar por esta gama se comprarem um veículo no decorrer do próximo ano”, sendo a tendência de que as vendas de SUV continuem a aumentar no país. Analisando de forma global, são “seis em cada dez proprietários de SUV (60%) os que contam comprar este veículo”, apesar de os belgas e os polacos serem mais reservados nesta decisão comparando com outros países (49% e 50%). Já no que respeita aos não proprietários, o estudo mostra uma conversão ao SUV, uma vez que “quase um terço (29%) estão predispostos a trocar para um SUV, sendo mais numerosos até do que os automobilistas que pretendem adquirir uma berlina (19%) ou um citadino (18%)”.
Também na compra dos SUV predomina a responsabilidade ambiental. Entre os inquiridos, a escolha futura de SUV é maioritariamente elétrica ou hibrida, com “74% dos proprietários de SUV em Portugal” e “70% dos não proprietários a confirmarem esta opção, um valor mais elevado que na média do estudo (66% e 61%, respetivamente)”. As taxas de adesão são particularmente elevadas na Turquia (88%, 78%), China (83%, 79%), Brasil (82%, 77%) e Itália (77%, 78%), enquanto se revelam baixas na Alemanha (57%,42%), Bélgica (45%,27%) e, particularmente, na França (42%, 37%), indica o estudo.
Medidas restritivas para os SUV a combustão?
Cerca de um terço dos proprietários consideram, de acordo com o estudo, que deve haver restrições nas vendas dos SUV a combustão (26% em Portugal, 30% a nível global), assim como 41% dos não proprietários e 32% em Portugal.
32% dos portugueses defendem medidas restritivas para os SUV a combustão
Quando questionados sobre outras medidas menos drásticas, os dados demonstram que os proprietários nunca estão em maioria para prever medidas restritivas. Isto é verdade para o “limite máximo de velocidade”, para “as penalizações ecológicas para os SUV com motor a combustão (ambos com 45%)” ou uma “eventual penalização para os veículos mais pesados (40%)”. Nestes três pontos, os dados revelam que “os não proprietários são ligeiramente maioritários no apoio a medidas restritivas (57%, 54% e 51%)”, refere o estudo.