A União Europeia financiou 4 milhões de euros para formar especialistas em gestão integrada de incêndios. O PyroLife é assim um projeto inovador que junta conhecimento científico e experiência prática de diferentes entidades de 13 países europeus parceiros. Portugal participa através da Águas de Portugal e da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro.
Segundo o comunicado enviado pela Águas de Portugal, o PyroLife é coordenado pela universidade holandesa Wageningen University & Research e é o primeiro projeto global integrado de formação em fogos florestais, envolvendo 21 parceiros internacionais, entre universidades e agentes públicos e privados de 13 países.
A Águas de Portugal vai participar no programa de estágios para alunos de doutoramento dos diferentes países, que integra este projeto, recebendo dois dos quinze doutorandos durante quatro meses. No âmbito deste projeto, a experiência dos países do sul da Europa em gestão de fogo será usada para compreender e prever fogos florestais nos países do norte da Europa, ao mesmo tempo que os conhecimentos destes na prevenção de cheias e inundações serão aplicados na Europa do sul.
Os diferentes países irão partilhar conhecimentos na área da gestão dos recursos hídricos, visando aumentar a resiliência dos territórios e preparar as comunidades para lidar com os fogos.
As mais recentes previsões apontam para que as alterações climáticas sejam responsáveis por incêndios florestais violentos nos países do sul da europa, mas também se prevê que possam atingir países que normalmente não são fustigados com a mesma intensidade, como a Holanda, daí a relevância do projeto num contexto global.