Os Tuk-tuks a circular em Lisboa vão ter de ser elétricos a partir do próximo ano, refere hoje o Diário de Notícias. A norma faz parte do regulamento municipal sobre a circulação de veículos turísticos, cuja submissão a consulta pública foi aprovada esta quarta-feira em reunião privada da câmara.
Com esta medida, a autarquia pretende reduzir a poluição e o ruído, duas das principais queixas que têm sido feitas em relação à circulação destes veículos. A adaptação para reduzir as emissões “tem vindo a ser gradual” e “60% dos veículos já são elétricos”, apontou o vereador do Espaço Público, Manuel Salgado, aos jornalistas no final da reunião privada.
Assim, os novos Tuk-tuks já terão de ser elétricos, a partir da entrada em vigor do regulamento – o que só deve acontecer no final de janeiro, já que agora vão decorrer os 30 dias de discussão pública -, enquanto os que já estão em circulação terão um prazo para se adaptarem. Manuel Salgado explicou que a autarquia não quis fixar um prazo porque este “também deve ser fixado através do despacho e não do regulamento, mas pensamos que até meados de 2017 estejam todos adaptados”.
No entanto, na proposta cuja consulta pública foi aprovada é referido “um prazo de 180 dias úteis para se adaptarem à emissão de poluentes zero”.
O documento a que o DN teve aceso impede ainda o transporte de bagagens. “Houve também o cuidado de garantir que os Tuk-tuks não são concorrentes dos taxis, portanto interditando o transporte de bagagens”, acrescentou o vereador.
De acordo com indicações de Eduardo Vieira, da Tuk On Me ao DN, a transição para os veículos elétricos não será um problema, uma vez que “já tínhamos sido avisados desde há um ano de que íamos ter de ser elétricos”. No seu caso, desde o início que são uma empresa “só com veículos elétricos”.