Todos os anos 10 milhões de tubarões são pescados nos oceanos. As vulgares linhas de pesca dos navios, com os seus 100 Km de comprimento, facilmente capturam mais de 100 indivíduos da espécie tubarão-azul em apenas um dia. Tanto esta espécie como o tubarão-anequim têm sido alvos das frotas pesqueiras, já que não há quotas para a sua pesca, avança o Público, na sua edição de hoje.
Preocupada com o estdo de conservação destes tubarões, uma equipa internacional de cientistas foi investigar a sua vulnerabilidade. Para isso, analisou a sobreposição espacial e temporal de 99 tubarões, monitorizados com equipamentos eletrónicos, e as frotas pesqueiras de Portugal e de Espanha, no oceano Atlântico. “Os nossos resultados indicam que os pescadores estão presentes em habitats-chave dos tubarões durante uma boa parte do ano, o que levanta questões sobre o futuro da sua sustentabilidade”, lê-se no artigo Proceedings of the National Academy of Sciences, assinado por investigadores de Portugal, Espanha, Reino Unido e EUA.
“Provavelmente, a melhor medida para proteger as duas espécies de tubarões seria a introdução de quotas de pesca”, diz Nuno Queiroz, investigador do Centro de Investigação em Biodiversidade e Recursos Genéticos, no Porto.
Segundo a Lista Vermelha da União Internacional para Conservação da Natureza, que avalia a vulnerabilidade da extinção das espécies, o tubarão-anequim tem o estatuto de “vulnerável”, estando “em risco elevado de extinção na natureza”. Já o tubarão-azul tem o estatuto de “quase ameaçado”.
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