Existem 43 espécies de tubarão ao largo da costa portuguesa, entre as quais o tubarão-branco, considerado o mais mortífero do mundo, As espécies mais comuns, porém, são o tubarão-amarelo e o azul. Foi um exemplar desta espécie que esteve na origem do ataque, neste domingo, ao tricampeão Mundial de Surf, Mick Fanning, em Jeffrey’s Bay na África do Sul. Para o biólogo marinho João Pedro Barreiras, da Universidade dos Açores, especialista em tubarões, o risco de ataque de tubarões é “quase nulo” no continente, “muito reduzido” na Madeira e “reduzido” nos Açores. É esta última região que preocupa mais o especialista, devido ao recente fenómeno de mergulho com tubarões, que atrai por ano milhares de turistas aos Açores. “Esta prática poderá atrair um maior número de tubarões à costa. A proximidade com humanos poderá tornar os ataques mais frequentes”, acrescenta, segundo declarações ao Correio da Manhã. O último ataque confirmado de um tubarão em Portugal aconteceu em 2013, na ilha Terceira (Açores) quando um praticante de caça submarina foi surpreendido por um tubarão-azul de 2 metros de comprimento. João Pedro Barreiras admite que este caso poderá ser uma consequência das empresas que promovem o encontro com os tubarões: “Eles são atraídos pelo alimento que é deixado na costa”, sublinha. Por ano ocorrem cerca de cem ataques de tubarões em todo o mundo, dos quais apenas 30 se revelaram fatais. Nos Açores, apenas quatro ataques foram confirmados.
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