Tratolixo reforça investimento na economia circular com nova central de tratamento de biorresíduos

O mês de julho de 2024 fica na história como uma importante data para a TRATOLIXO, já que marca a inauguração da nova Unidade de Tratamento Mecânico com separação ótica automática de sacos contendo biorresíduos. Esta unidade duplicou a sua capacidade de tratamento de resíduos para 300 mil toneladas anuais, permitindo a recuperação dos sacos verdes contendo os resíduos alimentares devidamente separados pelos munícipes e ainda a recuperação de um quantitativo significativo de materiais recicláveis, designadamente cartão, plástico e metais.

Os biorresíduos alimentares, tratados nesta nova unidade, são separados mediante a utilização de leitores óticos, que identificam e separam os sacos dessa cor. O fluxo de sacos verdes será, depois, enviado para a Central de Digestão Anaeróbia, nas instalações da TRATOLIXO na Abrunheira, unidade que também viu ampliada a sua capacidade de tratamento de 80 para 120 mil toneladas por ano, para valorização dos biorresíduos, produção de fertilizante e energia verde.

A recuperação destes biorresíduos, produzidos nos municípios de Cascais, Mafra, Oeiras e Sintra, será um contributo fundamental e estratégico para as metas de preparação para reutilização e reciclagem, possibilitando o aumento das taxas de reciclagem e redução da deposição de resíduos em aterro, permitindo a sua valorização biológica, sendo estes dois investimentos da TRATOLIXO mais um grande passo para o objetivo de contribuir para o crescimento da economia circular.

A TRATOLIXO, continua, pois, focada no recurso a novas tecnologias, de que se destacam a operacionalização da nova Central de Compostagem de Resíduos Verdes de Trajouce e o Projeto de Recolha Seletiva de Biorresíduos em Saco Ótico, um modelo disruptivo e pioneiro em Portugal, escolhido pelas suas mais-valias económicas, ambientais e operacionais. Este projeto, criado entre a TRATOLIXO e os quatro municípios da AMTRES, procura facilitar o hábito de separação de bioresíduos na fonte e posterior recolha seletiva, prática que é obrigatória em Portugal desde o dia 1 de janeiro deste ano.

A TRATOLIXO trata anualmente mais de 470 mil toneladas de resíduos urbanos produzidos por cerca de 860 mil habitantes dos municípios de Cascais, Mafra, Oeiras e Sintra.

Em matéria de recolha seletiva, destacar o bom desempenho da TRATOLIXO no ano passado, em vários indicadores, designadamente nas recolhas multimaterial que, em 2023, atingiram um total de mais de 46 mil toneladas. Um recorde, pelo terceiro ano consecutivo. No que respeita aos biorresíduos, a TRATOLIXO alcançou as 61 mil 205 toneladas, o que representa um aumento de cerca de 10%, face a 2022 e que corresponde a 35% da meta a atingir em 2030. O maior crescimento foi verificado nos restos alimentares recolhidos através dos sacos verdes, com um crescimento superior a 250%.

*Este texto foi publicado na edição 106 da Ambiente Magazine