O segundo relatório da Comissão Europeia sobre o estado da União da Energia revela que a modernização da economia da União Europeia e a transição para uma era hipocarbónica são uma realidade. Também em termos de emissões de gases com efeito de estufa, eficiência energética e energias renováveis, a Europa está no “bom caminho para atingir os seus objetivos para 2020”, anunciou hoje a Comissão.
Segundo o vice-presidente e responsável pela União da Energia, “a União da Energia vai além da energia e do clima”, salientando que “visa acelerar a modernização fundamental da economia da Europa, tornando-a hipocarbónica e eficiente em termos de energia e recursos, de uma forma socialmente justa”. Maroš Šefčovič afirma ainda que, agora que “grande parte das propostas legislativas estão em cima da mesa, 2017 deveria ser o ano de implementação”.
Por sua vez, Miguel Arias Cañete, comissário responsável pela pasta Ação Climática e Energia, referiu que “a Europa está no bom caminho para cumprir os seus objetivos de 2020 em matéria de alterações climáticas e energia”. “A Europa tem vindo a avançar com a transição para energias limpas”. E os factos falam por si: “As energias renováveis são já competitivas em termos de custos e, por vezes, menos onerosas do que os combustíveis fósseis, empregam mais de um milhão de pessoas na Europa, atraem mais investimentos do que muitos outros setores e reduziram a nossa fatura de importação de combustíveis fósseis em 16 mil milhões de euros”, aponta.
Em 2016, a UE atingiu o seu objetivo de consumo final de energia em 2020 e o mesmo é válido para as emissões de gases com efeito de estufa. Em 2015, as emissões de gases com efeitos de estufa cifraram-se 22% abaixo do nível registado em 1990. No setor das energias renováveis, em que — com base nos dados de 2014 — a quota das energias renováveis atingiu 16% do consumo final bruto de energia da UE. Outra tendência importante é que a União Europeia continua a dissociar o seu crescimento económico das suas emissões de gases com efeito de estufa. Durante o período de 1990–2015, o produto interno bruto combinado da UE aumentou 50%, enquanto as emissões diminuíram 22%.
Em 2016, a Comissão apresentou também uma Estratégia Europeia para a mobilidade com baixas emissões, com uma ambição clara: até meados do século, as emissões de gases com efeito de estufa provenientes dos transportes devem ser, pelo menos, 60% inferiores às de 1990 e estar seguramente a caminho de se tornarem nulas, assegurando, ao mesmo tempo, as necessidades de mobilidade de pessoas e bens, bem como a conectividade à escala mundial.