Agora que começa um novo ciclo político na União Europeia, envolto em novos desafios face ao atual contexto geopolítico, Paula Abreu Marques, chefe da Unidade da Comissão Europeia, comentou quais serão os objetivos da comitiva em matéria energética.
No âmbito da Portugal Energy Conference, que aconteceu na última quinta-feira em Lisboa, a deputada europeia começou por enaltecer o trabalho feito até ao momento para a transição energética, ressalvando o objetivo da Europa de se tornar no primeiro continente a atingir a neutralidade carbónica até 2050.
Depois de se observar o aumento da capacidade de produção de energia eólica e energia solar, a redução do consumo de gás e a menor dependência da exportação de gás russo, Paula Abreu Marques explica como o mercado de tecnologias de energia poderá rondar os 600 a 700 mil milhões de euros em 2030.
E para continuar a transição energética, “todas as tecnologias limpas serão chamadas e serão necessárias”, face aos desafios de reduzir ainda mais a dependência externa, de completar o mercado interno de energia, de acelerar o investimento, de alinhar a estrutura de preços, de facilitar burocracias e de renovar infraestruturas de redes.
Desta forma, “é fundamental baixar faturas de energia para as famílias, indústrias e empresas”, além de “desbloquear fontes de financiamento em relação às energias renováveis”, frisou Paula Abreu Marques.
Com vista a manter os objetivos do Pacto Ecológico Europeu, para os próximos cinco anos “a palavra de ordem é implementar”, com prioridade em áreas como a competitividade, a segurança energética, a descarbonização e a transição justa. E já nos primeiros 100 dias serão apresentadas medidas concretas, garantiu a deputada, falando, por exemplo, do Citizen Energy Pack, que será um pacote responsável pela componente social da política energética.
A Portugal Energy Conference foi organizada pela Associação Portuguesa de Energia (APE) e decorreu no Centro Cultural de Belém, com a participação de diferentes players do setor energético.
