A The Navigator Company lucrou 109 milhões de euros em 2020, tendo reduzido o endividamento em 35 milhões de euros e registado um aumento das vendas de tissue em 10% e da pasta em 25%, anuncia a empresa.
Estes resultados foram alcançados num ano de grande adversidade, o mais difícil da história da empresa, marcado pelo “forte impacto da pandemia na procura dos seus produtos” e por uma “quebra acentuada de preços”, lê-se no comunicado da The Navigator Company.
No ano de 2020, a empresa registou um volume de negócios de 1.385 milhões de euros, tendo as vendas de papel representado cerca de 68% do volume de negócios, as vendas de pasta 11%, as vendas de tissue 10% e as vendas de energia também 10%.
Segundo a Navigator, o ano de 2020 ficou marcado pela “queda expressiva” no consumo global de papel de impressão e escrita (UWF) em resultado da pandemia, sobretudo no segundo trimestre, tendo-se assistido no terceiro e quarto trimestres a uma “recuperação expressiva”, particularmente na Europa.
Neste contexto, a empresa evidenciou uma forte flexibilidade e resiliência no seu modelo de negócio, ajustando-se de forma ágil às alterações de mercado e actuando significativamente em toda a sua base de custos fixos e variáveis.
Ao longo do quarto trimestre, num contexto de novos confinamentos parciais em vários países Europeus, a Navigator retomou os seus níveis de produção e conseguiu registar uma evolução positiva em relação ao trimestre anterior. Os resultados líquidos dos últimos quatro meses do ano atingiram os “34 milhões de euros, um crescimento de 9% relativamente ao 3º trimestre e de 64% face ao 4º trimestre de 2019”.
Ao nível dos investimentos, a empresa destaca a conclusão e arranque da nova caldeira de biomassa da Figueira da Foz, um investimento que representa o mais relevante passo do roteiro de descarbonização, já que que irá permitir a redução das emissões de CO2 do Grupo em mais de 30% em 2021, atingindo assim já este ano 1/3 da redução anunciada para a neutralidade carbónica em 2035.