A partir de amanhã, 11 de julho, estão oficialmente abertas as candidaturas para a 10.º edição do Prémio Terre de Femmes, iniciativa promovida pela Fundação Yves Rocher que todos os anos distingue mulheres com projetos na área do ambiente.
Ser mulher, ter idade igual ou superior a 18 anos e possuir um projeto eco-empreendedor já implementado — seja de forma independente, através de uma estrutura sem fins lucrativos ou via entidades com objeto comercial –, são os requisitos para a inscrição no concurso que, assinalando uma década em Portugal, traz agora várias novidades.
Com a 10.ª edição do prémio em Portugal, crescerá o número de laureadas e crescerá também o valor a atribuir. Em vez de uma, passam agora a ser três as distinções e, em vez de 10 mil euros, o donativo passa a ser de 18 mil euros: 10 mil para a primeira classificada, 5 mil para o segundo lugar, e 3 mil para a terceira mulher a ser distinguida.
“Pretendemos que os dez anos do Prémio Terre de Femmes Portugal sejam muito mais do que um simples marco histórico; queremos que sirva de verdadeiro amplificador da voz das mulheres que diariamente se esforçam pela causa eco-cidadã e pelo bem comum. Numa altura em que vivemos confrontados com uma acelerada degradação do meio ambiente, consideramos que temos a responsabilidade de reforçar o apoio às iniciativas que procuram mitigar a nossa pegada ecológica”, afirma Ana Ribeiro, porta-voz da Fundação Yves Rocher em Portugal.
Para além do prémio atribuído em Portugal, a primeira classificada ficará também habilitada ao Grande Prémio Internacional. Igualmente no valor de 10 mil euros, na corrida ao galardão estará mais de uma dezena de países, designadamente Alemanha, Espanha, França, Itália, Marrocos, México, Portugal, Rússia, Suíça, Turquia e Ucrânia.
No total, somando os prémios nacional e internacional, a eco-empreendedora da 10.ª edição do Prémio Terre de Femmes Portugal poderá receber um apoio de 20 mil euros, o que não seria inédito, visto que já em 2015 foi uma portuguesa a arrecadar também a distinção internacional, a bióloga Milene Matos.
Ana Ribeiro reforça o facto de, no entanto, o prémio ir muito para além do donativo financeiro. “Na Fundação Yves Rocher trabalhamos para dar o impulso que muitas vezes pode mudar tudo na vida e nos projetos das mulheres distinguidas, sentindo que temos obtido o sucesso desejado. Com a visibilidade e o reconhecimento que o galardão confere, as laureadas transformam-se em verdadeiras ‘super eco-cidadãs’, conseguindo levar os seus projetos ainda mais longe e inspirando mais e mais pessoas, incluindo as novas gerações.”
O período de candidaturas, que arranca já amanhã, termina a 8 de outubro, devendo os projetos ser submetidos para a morada da Yves Rocher Portugal (Rua do Castanhal, n.º 256, 4475-130 Gemunde – Maia), ou através do endereço de correio eletrónico terredefemmes.portugal@yrnet.com.
Todas as candidaturas enviadas serão analisadas por personalidades ligadas a reputadas instituições que, ano após ano, compõe o júri do prémio, entre as quais a Secretaria de Estado do Ambiente, quadros de Investigação do Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa, organizações ambientais e parceiros ligados à comunicação social.
Prémio Terre de Femmes
Presente em Portugal desde 2009, em território nacional o Prémio Terre de Femmes já distinguiu 22 mulheres e apoiou com mais de 100 mil euros projetos que têm revelado um forte impacto social, ambiental e económico.
Na última edição, a vencedora do Terre de Femmes Portugal foi Estrela Matilde, uma alentejana a viver na Ilha do Príncipe que criou a Cooperativa de Valorização dos Resíduos e orienta um grupo de 10 mulheres que desenvolvem jóias a partir de garrafas de vidro recicladas, o que tem contribuído para o desenvolvimento económico e social de muitas famílias da ilha.
Ao nível internacional, o Prémio Terre de Femmes vai já para a 18.ª edição, tendo, ao longo dos últimos 17 anos, apoiado mais 400 mulheres em mais de 50 países, num investimento total de 1.8 milhões de euros.
Recorde-se que esta distinção tem como objetivo reforçar a liderança e contribuir para a autonomização das mulheres, dando visibilidade e apoiando financeiramente projetos de ecoempreendedoras e eco-cidadãs que trabalham todos os dias para uma pegada cada vez mais positiva.
Criada em 1991 e atuando de forma independente, a Fundação Yves Rocher, cujo desígnio assenta no desenvolvimento da ecologia humanista e universal, conta desde o primeiro dia com o apoio da marca de cosméticos com quem partilha o mesmo nome, a Yves Rocher, sendo esta o seu primeiro e grande mecenas.