Este foi um dos pontos frisados pelo Secretário de Estado das Infraestruturas, durante a Portugal Energy Conference, que aconteceu esta quinta-feira, 12 de dezembro, em Lisboa. Hugo Espírito Santo defendeu o papel do setor da energia em Portugal, considerando-o “profundamente inovador”.
Olhando para o futuro, “vamos ter de expandir as cidades e os transportes serão uma peça fundamental deste crescimento”, por isso “temos de pensar a mobilidade para se tornar mais verde ao longo dos anos”. Relembre que o setor dos transportes é responsável por 36% do consumo final de energia e também por uma quantidade considerável das emissões de GEE (gases com efeito de estufa).
“Só mudando a própria fonte de energia é que vamos conseguir manter os nossos transportes”
Desta forma, Hugo Espírito Santo confirmou que Portugal quer tornar-se competitivo na produção de soluções limpas e verdes, entre elas o SAF (combustível de aviação sustentável), que será uma proposta avaliada em janeiro próximo através de um audição para a aviação sustentável. Neste marco deverão ser investidos cerca de 180 milhões de euros.
Além disso, o Secretário de Estado das Infraestruturas enalteceu o potencial do futuro novo aeroporto de Lisboa, que poderá ser desenhado do zero para funcionar como um epicentro de produção de energia, algo que algumas infraestruturas aeroportuárias europeias já estão a fazer. Mas também as instalações portuárias portugueses poderão ser tornadas em partes importantes da matriz energética do futuro, através do aproveitamento da energia eólica offshore e dos gases verdes.
“Processo de licenciamento ambiental é um desafio para o setor da energia e das infraestruturas”
Concluindo a sessão de abertura do evento, Hugo Espírito Santo pediu mais parceria entre os diversos setores e mais parceria entre o público e o privado, para levar à atração de mais talento. Isto será o “instrumento catalisador da economia”, disse o deputado.
A Portugal Energy Conference foi organizada pela Associação Portuguesa de Energia (APE) e decorreu no Centro Cultural de Belém, com a participação de diferentes players do setor energético.