Este sábado, 14 de outubro, assinala-se o Dia dos Resíduos Elétricos e Eletrónicos e a ZERO avaliou aquilo que considerou “um péssimo desempenho” das entidades gestoras (Electrão, ERP e E-Cycle) nos anos 2020 e 2021, onde a taxa de reciclagem estagnou nos 14,5%.
As entidades em causa apenas recolheram 29 mil toneladas destes resíduos em 2021, quando as suas licenças obrigavam a atingir um quantitativo de 130 mil toneladas: “este incumprimento sistemático tem levado a graves problemas ambientais, como seja a libertação dos gases dos frigoríficos para a atmosfera com a consequente destruição da camada de ozono e o aumento da temperatura da atmosfera, a disseminação no ambiente de mercúrio proveniente das lâmpadas fluorescentes, ou ainda a libertação de diversos poluentes orgânicos persistentes existentes em vários destes equipamentos”, pode ler-se no comunicado enviado à imprensa.
A organização ambientalista diz ainda que a lei “prevê penalizações insignificantes” para estes incumprimentos – a legislação estabelece que, por cada tonelada de incumprimento das suas metas, as entidades gestoras têm de pagar uma Taxa de Gestão de Resíduos no valor de 7,5 euros.
Além disso, os próprios comerciantes, como os de frigoríficos, têm a obrigação de recolher o equipamento antigo quando entregam um novo, mas menos de 30% dos frigoríficos usados estão a ser recolhidos e encaminhados para tratamento adequado.
Desta forma, a ZERO pede a intervenção do Governo para corrigir esta situação.