A tarifa social inicialmente estava prevista chegar a 500 mil beneficiários, mas no final do primeiro semestre só chegava a 60 mil lares portugueses, manifestando uma fraca adesão. Conforme anunciou na sexta-feira a Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE), desta forma, e como estabelecido na lei, os critérios de elegibilidade da tarifa social vão sofrer uma actualização automática, com o limiar do rendimento anual máximo a subir 10% a partir dos actuais 4800 euros.
Segundo o Jornal de Negócios os consumidores com um rendimento anual máximo inferior a 5280 euros vão poder usufruir a partir de Agosto da tarifa social. Isto vai permitir “alargar a base dos consumidores elegíveis”, diz a ERSE, de forma que um “maior número de consumidores economicamente vulneráveis possa aceder à tarifa social de electricidade”.
O ministro do Ambiente revelou insatisfação no final de Maio por o nível de adesão não estar ao nível do desejado e apontava duas causas para a fraca adesão: “O que está em causa é uma insuficiente comunicação ou uma deficiente implementação da legislação no terreno. Estas duas dimensões ainda subsistem”, afirmava Jorge Moreira da Silva.