Enquanto retalhista alimentar com mais de 460 lojas espalhadas pelo país, incluindo Açores e Madeira, o Pingo Doce tem a responsabilidade, que é ao mesmo tempo uma oportunidade, de promover e sensibilizar para a adoção de práticas, processos, produtos e hábitos mais sustentáveis em toda a cadeia de valor, desde o produtor até ao consumidor.
“Procuramos ter uma relação equilibrada entre prosperidade económica, desenvolvimento social e preservação ambiental”, sendo nesse sentido que foram definidos cinco pilares de ação: “promover a saúde pela alimentação, preservar o ambiente, comprar com responsabilidade, apoiar as comunidades envolventes e ser um empregador de referência”, refere Filipa Pimentel, diretora de Desenvolvimento Sustentável e Impacto Local do Pingo Doce, acrescentando que estes pilares materializam-se em ações concretas. Por exemplo, nas “ações de sensibilização junto da comunidade para a necessidade da preservação dos rios, mares, oceanos e toda a biodiversidade que neles habita”, através do “Programa Amar o Mar”; na “Estratégia de Pescado Sustentável que se traduz, por sua vez, na não comercialização, nas nossas peixarias, de espécies consideradas “criticamente em perigo” (mediante essa mesma estratégia)”; na “aposta no Programa Ecodesign, que traz preocupações ambientais para o design das embalagens dos produtos marca Pingo Doce de modo a reduzir o impacte ambiental que lhes está associado”; ou no “combate à poluição por plástico, disponibilizando alternativas reutilizáveis para o transporte de compras, como sacos de ráfia, de papel e de algodão recentemente lançados (Eco Mesh Bags Pingo Doce – sacos 100%, resistentes, laváveis, feitos em Portugal)”, e o “serviço de água filtrada Eco, um serviço exclusivo do Pingo Doce, de reenchimento de garrafas de água reutilizáveis”, através de uma estação dispensadora de água filtrada. Esta última, de acordo com a responsável, permite evitar, anualmente, a produção de cerca de 90 toneladas de plástico descartável. Outras preocupações assumidas passam pelo “combate ao desperdício alimentar” e o “combate às alterações climáticas”, exemplifica.
É precisamente em matéria de preservação do ambiente que o Pingo Doce assegura como prioridade a “proteção da biodiversidade”, o “combate às alterações climáticas”, como a “redução da pegada de carbono da operação”, a “escolha criteriosa dos materiais para a produção de embalagens” e, por fim, a “gestão responsável de resíduos”, nomeadamente o “combate à poluição por plásticos e o combate ao desperdício alimentar”, reforça.
Ao nível da sustentabilidade o Pingo Doce procura atuar de forma transversal, refletindo-se não só no respeito pelo ambiente e preservação da biodiversidade, mas também pela promoção da saúde através da alimentação, nas compras e nas relações com os parceiros de negócio e no apoio às comunidades em que nos inserimos. A título de exemplo, Filipa Pimentel destaca que a “descarbonização da Logística tem sido uma prioridade e as medidas já implementadas nesta área permitiram reduzir em mais de 40% as emissões de CO2”. Por outro lado, sendo a comida o “core”, o retalhista está empenhado em “promover uma alimentação saudável”, tendo iniciado há mais de 10 anos um trabalho que já permitiu “reduzir mais de 1800 toneladas de açúcar, mais de 40 toneladas de sal e cerca de 25 toneladas de gordura”. E porque sustentabilidade é também “cuidar da comunidade”, o Pingo Doce promove o “Bairro Feliz”, um programa de dá a oportunidade a toda a população e entidades de fazerem algo com “impacto positivo nos seus Bairros” contando com o apoio da loja Pingo Doce local. Considerando ainda que os colaboradores são o maior ativo, ser um “Empregador de Referência” é um compromisso para o retalhista, assegura a responsável.
Na ótica do Pingo Doce, é sempre possível “fazer mais e melhor” em prol da sustentabilidade e, por isso, a procura por soluções que possam fazer a diferença é uma prioridade: “É importante que as empresas, e em particular os retalhistas, pensem em soluções que sejam escaláveis e acessíveis a todos, pois não vale a pena pensar em produtos e serviços que sejam ecofriendly, mas depois não sejam exequíveis e capazes de serem suportados pelas organizações e, acima de tudo, pelos consumidores”. A sustentabilidade tem, por isso, que ter “propósito e impacto: uma ideia ou projeto podem parecer ser muito interessantes, mas se não chegarem a muitas pessoas, de forma acessível e regular – que passem a fazer parte das rotinas do dia-a-dia –, não vão mudar nada”, considera.
Perspetivando o retalho nos próximos 10 anos, Filipa Pimentel acredita que a “preocupação com a sustentabilidade será, certamente, cada vez mais integrada na definição das estratégias de negócio”, não só porque já é um “tema urgente e incontornável”, mas também porque se reflete, cada vez mais, nas “escolhas e comportamentos dos consumidores”. No Pingo Doce, em termos de “objetivos e perspetivas para o futuro”, além das “exigências nutricionais e de qualidade que os produtos já garantem”, a “melhoria contínua das embalagens existentes”, a “otimização dos processos, desde os produtores até aos consumidores”, e o “envolvimento e apoio às comunidades locais” vão manter-se como prioridades, remata.