O secretário de Estado das Pescas afirmou ontem em Sines que Portugal está empenhado em garantir a sustentabilidade da sardinha, mas defendeu que é possível manter uma quota de pesca na ordem até 14.500 toneladas por ano. “O que está em causa é a sustentabilidade do recurso. Tem que haver o nível adequado de sardinha para garantir a sustentabilidade e a continuidade da pesca. É necessário preservar hoje para ter amanhã”, disse José Apolinário, citado pela Lusa, assegurando que o Governo vai tentar chegar a um entendimento sobre esta matéria com a União Europeia.
“Mais do que garantir quotas, trata-se de discutir como é que recuperamos a biomassa, ou seja, o peso global existente de sardinha no nosso mar”, acrescentou o governante.
Para o secretário de Estado das Pescas, “o estado atual do recurso [sardinha] permite que se aponte para uma recuperação gradual da biomassa” com um “nível de pesca que se situe entre as 13.500 e as 14.500 toneladas, porque isso corresponderá a uma recuperação da biomassa de cerca de 5%”.
José Apolinário falava aos jornalistas à margem da VI Conferência APIBARRA – Associação dos Pilotos de Barra e Portos, “Simplificar para Liderar”, que decorreu no auditório da Administração do Porto de Sines. “Boas Práticas de Liderança”, “Liderar pela Competitividade”, “Simplificar para Liderar” e “Autoridades na Liderança pela Excelência” foram os temas propostos a dezenas participantes nacionais e estrangeiros.
Nestes quatro painéis, falou-se, entre outras matérias, do crescimento dos portos marítimos nos últimos anos, alavancado na simplificação de procedimentos e na inovação tecnológica, com destaque para a JUP-Janela Única Portuária, a JUL-Janela Logística e FUP- Fatura Única Portuária, que têm vindo a contribuir para o desenvolvimento do sistema portuário.
Para José Apolinário, que presidiu à sessão de encerramento do encontro, a simplificação de procedimentos é um dos instrumentos para alcançar os objetivos do governo de duplicar a economia do mar até 2020.