Estiveram reunidos em Coimbra, no dia 4 de maio, os 25 subscritores do Compromisso FLORESTA2030 para apresentar, em conjunto, as suas preocupações ao Governo e à sociedade. Este momento contou com mais de 120 representantes das diversas entidades, da produção, da indústria, da sociedade civil e da administração central e regional, refere uma nota, divulgada pela UNAC (União da Floresta Mediterrânica).
Neste encontro ficou bem presente, a disponibilidade destas entidades para, em colaboração com o Governo, trabalhar na construção das soluções necessárias para o Futuro da Floresta e do Território, e para as concretizar no espaço de uma década.
Entre os vários desafios identificados, destacam-se:
- Reconhecimento dos diferentes contextos regionais, edafoclimáticos e socioeconómicos, da necessidade de adaptação das soluções territoriais e dos instrumentos de política, criando condições para o seu funcionamento, e da importância da mobilização dos proprietários florestais em modelos agrupados e participativos que confiram dimensão à gestão.
- Aposta na qualificação e na certificação da gestão e dos operadores florestais, reforçando a promoção da oferta formativa ao nível do ensino secundário profissional e universitário.
- Criação de um programa robusto de apoio ao investimento florestal, adequado às características do setor em termos de diversidade regional e de retorno financeiro, apostando na gestão ativa, na conservação do solo e dos valores naturais, pautado por uma simplificação e modernização de procedimentos e menor rigidez normativa.
- Promoção progressiva de mecanismos de remuneração de serviços de ecossistema, de incentivo e compensação de bens públicos ambientais, que permita a expansão da atividade florestal a mercados como o de carbono e bancos de habitats.
- Campanha de comunicação e imagem sobre o papel da Floresta e dos produtos florestais, do seu contributo para a economia, a sociedade e o ambiente, e em termos de ação climática.
“É preciso e possível unir esforços para nos próximos 10 anos construir uma Floresta mais bem gerida, diversa e capaz de resistir às adversidades climáticas”, refere as entidades, citadas no mesmo comunicado.
“O nosso compromisso é construir uma Floresta bem gerida, rentável, diversa, inclusiva, resiliente, valorizada ambientalmente e socialmente agregadora. Uma Floresta que seja fator de segurança contra as alterações climáticas, elemento-chave de uma bioeconomia inovadora e que recupere o seu lugar na confiança da sociedade e no reconhecimento político dos portugueses”, reiteram as subscritoras.