Startups com soluções na área da economia verde já se podem candidatar ao programa “SOL Green Capital”
A Câmara Municipal de Lisboa (CML) e a consultora de inovação colaborativa Beta-i apresentam o programa “SOL Green Capital”, dedicado a promover a procura de soluções na área do ambiente e sustentabilidade. Alinhado com a estratégia de Lisboa Capital Verde Europeia, a edição de 2020 do programa de inovação colaborativa Smart Open Lisboa desafia organizações presentes em Portugal a trabalhar com startups de todo o mundo na criação de soluções que venham tornar a vida na capital mais verde e sustentável.
Segundo a consultora, a Águas de Portugal, Brisa, Delta Cafés, Galp e Sonae Sierra, juntamente com Axians, AWS, NOS, a Representação da Comissão Europeia em Portugal e Turismo de Portugal são os parceiros desta edição do programa que irão colaborar com startups selecionadas na implementação de soluções sustentáveis.
Com duração de nove meses, o “SOL Green Capital” colocará 20 startups a trabalhar em conjunto com as entidades parceiras no desenvolvimento de projetos-piloto, adaptados às necessidades identificadas na cidade de Lisboa, nomeadamente projetos para tornar a gestão de resíduos mais eficiente, melhorar a qualidade do ar e da água, promover a eficiência energética e aumentar os espaços verdes. As candidaturas serão abertas em novembro, através do site, para startups com soluções já testadas ou em implementação na área da economia verde e economia circular.
Para Manuel Tanger, co-fundador e Head of Innovation da Beta-i, “as cidades são onde a maioria das pessoas sente os impactos das mudanças climáticas, poluição do ar, migração e outros desafios globais, levando a que os municípios sejam confrontados com a necessidade de se adaptar e planear estratégias sustentáveis. A rápida urbanização requer assim uma perspetiva integrada de planeamento urbano, que seja capaz de criar sinergias. Neste sentido, este modelo de inovação colaborativa representa uma maneira de combinar o conhecimento, redes e recursos de governos locais com ideias e abordagens empreendedoras do ecossistema de inovação, de forma a impulsionar a criação de cidades mais verdes e sustentáveis. Sobretudo em Lisboa, neste momento Capital Verde da Europa, uma situação duplamente desafiante diante do contexto adicional da pandemia”.
De acordo com Miguel Gaspar, vereador da Câmara Municipal de Lisboa com os pelouros da Economia, Inovação, Mobilidade e Segurança, “no ano em que Lisboa é Capital Verde Europeia, faz todo o sentido que o principal programa de inovação aberta da cidade reflita uma preocupação pública com os valores da sustentabilidade. Nos últimos anos, a cidade tem procurado envolver o ecossistema empreendedor na criação de soluções inovadoras e simultaneamente sustentáveis, num trabalho de proximidade com entidades públicas e privadas. É a sinergia perfeita para afirmar Lisboa como um laboratório vivo e consciente”.
Depois do bootcamp, segue-se a “fase de experimentação” na qual os pilotos serão criados e testados no terreno. No final do programa, em julho de 2021, os projetos serão apresentados ao ecossistema, sendo que os finalistas avançarão para o processo de implementação no contexto real com o apoio das entidades parceiras, pode ler-se no comunicado da Beta-i.
O “SOL Green Capital” é um dos programas verticais do Smart Open Lisboa, uma iniciativa de inovação aberta da CML e gerida pela Beta-i, com foco na validação e integração de soluções inovadoras criadas para melhorar a vida nas cidades. Desde 2016, já foram desenvolvidos seis programas de inovação, dois gerais focados nos desafios das cidades, duas edições do SOL Mobility (soluções para a mobilidade), uma edição do SOL Housing (soluções para o mercado de habitação), e neste momento a decorrer, a edição do SOL Tomorrow (soluções para os desafios trazidos pela pandemia)