Um novo relatório elaborado pela EIT InnoEnergy revela que o seu portfólio de startups, que conta com mais 250 empresas inovadoras em fase de arranque e de expansão, deverá poupar 1,1 giga toneladas de CO2e – equivalente a um terço do objetivo europeu de redução das emissões de carbono em 2030 – e 9,1 mil milhões de euros em custos energéticos anuais até ao final da década, liderando o caminho para uma Europa descarbonizada.
Apesar da pandemia causada pela Covid-19, o portfólio da empresa cuidadosamente selecionado na área da energia sustentável tem registado uma rápida expansão. “Estimulado pela crescente pressão da sociedade em torno da transição energética, juntamente com o pacote legislativo da UE “FIT for 55″, a procura de soluções para enfrentar o crescente desafio climático tem aumentado rapidamente”, destaca a EIT InnoEnergy, num comunicado.
“Este é um feito incrível para as nossas startups – ao pouparmos este nível de emissões de CO2 estamos essencialmente a tirar quase 250 milhões de carros da estrada. Foi através da nossa mentalidade global para enfrentar as alterações climáticas que conseguimos ter tal impacto. Embora sejam empresas em fase inicial, já criámos em conjuntos 25 mil empregos diretos e indiretos. Imaginem o que podemos fazer juntos à medida que estas empresas amadurecem, as possibilidades são infinitas”, refere Elena Bou, cofundadora e diretora de Inovação da EIT InnoEnergy.
Desde a sua criação, a EIT InnoEnergy já recebeu mais de 5 mil candidaturas de empresas em fase de arranque e já apoiou mais de 300 startups a lançarem os seus produtos no mercado. Neste momento, “85% destas empresas exportam a nível mundial – levando estas inovações europeias a ter impacto no combate às alterações climáticas a nível mundial”, refere a empresa. Como resultado, a EIT InnoEnergy tem agora o maior portfólio de soluções na área da energia sustentável quando comparado com outros investidores de impacto deste tipo a nível mundial. “Impulsionadas pelo crescimento das energias renováveis, cidades inteligentes e mobilidade, espera-se que as startups apoiadas pela empresa produzam mais de 600 TWh de energia a partir de fontes de energia limpa até 2030”, lê-se na mesma nota.
“O último relatório do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC) soou ‘um código vermelho para a humanidade’; milhares de milhões de pessoas estão em risco se não tomarmos medidas imediatas para fazer cortes significativos nas emissões de carbono para estabilizar o aumento das temperaturas. Sabemos também pelo recente relatório da Agência Internacional de Energia que as emissões de CO2 aumentaram em 60% desde 1992, devido aos consumos na área da energia e indústria”, destaca Elena Bou.
Neste momento, a EIT InnoEnergy apoia 16 startups portuguesas disruptivas, entre elas, a Eneida, Enline, Klugit ou RVE.SOL, assim como startups europeias a trabalhar em Portugal como a CorPower e a EcoBean. Este ecossistema multidimensional conta com 500 entidades a nível global que contribuem para um mundo mais sustentável e para a transição energética.