A Seedsight, startup deeptech incubada na UPTEC – Parque de Ciência e Tecnologia da U. Porto, está a abordar um desafio crucial para a sobrevivência dos sistemas alimentares: a qualidade, disponibilidade e acessibilidade de alimentos essenciais como os cereais e as sementes.
A sua tecnologia tem a capacidade simultânea de validar informações de caracterização de cereais via análises online biomoleculares e biofísicas de baixo custo em larga escala (sendo possível a monitorização de carregamentos inteiros de cereais), usando tecnologias blockchain, deep learning, inteligência artificial e sensores óticos, o que leva à otimização da identificação das melhores espécies, origens e fornecedores de sementes e grãos, aos preços mais competitivos.
Com este desenvolvimento, a Seedsight pretende dotar a cadeia agroalimentar com o conhecimento necessário para melhorar o processo de decisão na aquisição de matérias-primas de produtos alimentares, contribuindo para a luta global contra o desperdício e a fraude alimentares, e para a sustentabilidade ao longo da cadeia de valor.
Os modelos da startup portuguesa preveem uma redução na futura de 8% dos custos relacionados com a triagem do melhor cereal, até 89% na redução do tempo de aquisição dos melhores grãos e 20% de aumento da produtividade na transformação de cereais em produtos finais (aumentando assim a disponibilidade de quantidade de alimentos com os mesmos recursos atuais).
Nas últimas décadas, os custos associados às matérias-primas alimentares, como trigo, milho, arroz, aveia e quinoa, aumentaram entre 18 e 20%. Este aumento deve-se, principalmente, aos desafios em fases iniciais da cadeia de valor, como a ineficiência dos processos de seleção dos grãos, que são demorados e dispendiosos.
Assim, a solução da Seedsight visa aprimorar o processo de produção, reduzindo o desperdício e as perdas económicas.