Foi apresentado ontem, em Coimbra, o projeto Rio Mondego, criado por uma startup local que desenvolveu uma solução tecnológica que permite monitorizar o caudal do rio através de sensores IoT (Internet of Things) instalados em cinco pontos diferentes de forma a atuar em caso de cheias. O mote para se criar esta solução surgiu há precisamente um ano, depois de uma das piores cheias verificadas em Coimbra.
Desenvolvido no Vodafone Power Lab por três estudantes do departamento de Engenharia Eletrotécnica e Computadores, da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra, a solução utiliza a rede de dados móvel de última geração da Vodafone, permitindo monitorizar o caudal do rio e enviar, em tempo real para um serviço em cloud, informação sobre o nível das águas e as suas flutuações. Essa leitura é feita com recurso a um sensor ultrassónico, equivalente à tecnologia usada nos sensores de estacionamento dos automóveis.
Com base nos dados recebidos, o comportamento do rio é analisado através de inteligência artificial e, à medida que se vai acumulando informação sobre o nível das águas, torna-se mais fácil prever com antecedência a probabilidade de cheias, bem como identificar os fatores que mais influenciam a sua ocorrência. Os dados vão ficar automaticamente disponíveis para consulta em www.riomondego.com.
Além de funcionar como alerta para a eventualidade de cheias, o projeto Rio Mondego também quer chamar a atenção das populações para o uso sustentável da água enquanto bem escasso.