Até outubro, foram encaminhadas para reciclagem cerca de 400 mil toneladas de embalagens, o que significa um crescimento de 8% face ao período homólogo de 2020. Este indicador, partilhado num comunicado da Sociedade Ponto Verde (SPV), vem reforçar o posicionamento das embalagens enquanto fluxo de resíduos urbanos a cumprir as metas nacionais para a reciclagem, recentemente reconhecido no relatório oficial das autoridades.
O desempenho do setor reflete o contributo articulado da SPV com as empresas embaladoras e Sistemas de recolha e gestão de resíduos, para aumentar as quantidades recicladas. “A sensibilização ao consumidor para a reciclagem faz parte da chave de sucesso para um fluxo de resíduos organizado e com resultados relevantes para a proteção ambiental e cumprimento das metas”, afirma a SPV.
Em 25 anos de atividade, comemorados em novembro deste ano, a SPV contabiliza já mais de 55 milhões de euros investidos em campanhas de sensibilização e 13 milhões em I&D. Investimentos que têm vindo a acelerar a inovação para encontrar soluções com vista à diminuição do impacto dos resíduos gerados pelas embalagens, suportadas no ecodesign e do design4recycling.
De acordo com Ana Isabel Trigo Morais, CEO da SPV, “as metas da reciclagem de embalagens urbanas (55%) são cumpridas e até ultrapassadas, mas pela frente temos o ambicioso objetivo de chegar aos 65% de reciclagem de todas as embalagens colocadas no mercado até 2025”.
Fruto desta política de inovação, em 2019, empresas clientes da SPV, que representam 33% das embalagens declaradas, reportaram ter implementado medidas de prevenção que vão desde a redução do peso unitário da embalagem, à não utilização de embalagens supérfluas ou ainda à incorporação de matérias primas secundárias (recicladas), lê-se no mesmo comunicado.
“25 anos SPV são também 25 anos de reciclagem em Portugal. Aos portugueses e a toda a cadeia de valor do fluxo de embalagens, estamos reconhecidos. Os consumidores reciclam mais e as empresas estão, também, cada vez mais empenhadas em contribuir para a sustentabilidade encontrando formas alternativas de consumir menos recursos. Um esforço colaborativo de todos que tem de ser reconhecido e que deve permanecer”, declara Ana Isabel Trigo Morais.