As startups AirCO2, Hephaesnus, GrowIn e Beebio foram unanimemente escolhidas como vencedoras da 7.ª edição do concurso de inovação social Santa Casa Challenge, da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, gerido pela Casa do Impacto.
Este ano, os 10 projetos selecionados de entre mais de 50 candidaturas, que apresentaram as suas ideias numa sessão final de pitch que teve lugar no dia 22 de abril, respondiam aos “novos desafios na educação e no trabalho para a transição digital e alterações climáticas”.
Todos os vencedores vão ter participação garantida na Web Summit 2022; os dois primeiros projetos incubação gratuita no hub de empreendedorismo de impacto social e ambiental e o primeiro lugar um prémio de 15 mil euros para o desenvolvimento do projeto.
Em primeiro lugar ficou a AirCO2, uma solução chave-na-mão que permite calcular, compensar e reduzir a pegada de carbono de empresas e organizações, através de uma tecnologia inovadora de inteligência artificial, em tempo real e de forma automática. O objetivo é melhorar a gestão ambiental das empresas e ajudá-las no caminho para o “net-zero”, ou seja, o momento em que atingem o balanço entre as emissões geradas e a sua compensação.
Em segundo, a Hephaesnus, que tem como objetivo prevenir e aumentar a eficiência do combate a incêndios florestais, através de um dispositivo de prevenção e um projétil de combate à distância.
Por último, empatadas em terceiro lugar, ficaram a GrowIn, um sistema autónomo para produção agrícola em espaços urbanos, que usa sensores, inteligência artificial, e ainda alertas para momentos importantes do ciclo de vida da produção; e a startup de Edtech Beebio que consiste numa ferramenta de ensino híbrido, apoiada na tecnologia, que visa melhorar a experiência de aprendizagem de matérias de ciências, tecnologia, engenharia, artes e matemática, que juntas formam as disciplinas STEAM, ao mesmo tempo que aproxima os estudantes da natureza e cria uma comunidade preocupada com a sustentabilidade, a biodiversidade e economias circulares.
De acordo com Inês Sequeira, diretora da Casa do Impacto, “a qualidade dos projetos tem melhorado de ano para ano, e por isso, também aconteceu o caso de se dar o empate no terceiro lugar. Queremos apoiar os projetos mais inovadores que façam o uso da tecnologia para a resolução de problemas sociais e ambientais que sejam mais prementes em determinado momento- neste caso a educação para a transição digital e alterações climáticas, pois precisamos de capacitar a população hoje que ainda se encontra pouco informada relativamente a um dos maiores desafios da atualidade, dando também resposta às empresas e organizações, cada vez mais comprometidas com a sustentabilidade e o futuro do planeta”.
O painel de jurados foi composto por Inês Sequeira; Filipa Sacadura, secretária-geral da Lisboa E-nova; João Meneses, secretário Geral do BCSD Portugal; Ricardo Lima, head of startups da Web Summit e Sérgio Ribeiro, founder e CEO da Planetiers World Gathering.