“Soil to Soul” aterra em Lisboa para despertar consciências sobre agricultura regenerativa
“Despertar consciências para a importância do solo”. É com esta premissa que movimento “Soil to Soul”, criado em Zurique por Thomas Sterchi, procura sensibilizar a comunidade para a importância da agricultura regenerativa e de uma alimentação saudável para um futuro sustentável.
Aterrou pela primeira vez em Portugal, em 2022, no Município Alandroal e, rapidamente, se expandiu até Lisboa. Foi num evento promovido, recentemente, que o Movimento juntou chefs, produtores e profissionais da área que, no decorrer de várias degustações, provas, conversas, e música, discutiram e refletiram sobre o que tem vindo a ser feito em Portugal, nesta matéria, e quais os desafios futuros.
À Ambiente Magazine, Thomas Sterchi revela que o “Soil to Soul” foi inspirado nas experiências da quinta biológica Terramay (a qual também é cofundador): “O ciclo vital da água e do solo”, é base deste movimento. Também os ensinamentos de Franz Xaver Mayer – “que discutiu a digestão e o papel do intestino na saúde mental do corpo humano – em conexão com a nutrição como ponto de partida e o microbioma do solo com o microbioma intestinal”, estiveram na origem deste movimento. “É muito relevante haver uma conexão entre agricultura regenerativa e nutrição natural”, defende o fundador, reiterando que o foco é “melhorar processos e ganhar consciência coletiva”.
A necessidade deste movimento deve-se, essencialmente, à forma como, atualmente, se cultiva e se consome: “À medida que cultivamos e organizamos a nossa forma de consumo, o tapete ecológico está a ser puxado por nós mesmos”.
Em relação ao evento promovido em Lisboa, Thomas Sterchi faz um balanço extremamente positivo: “Um evento diferenciado com boa atmosfera e uma simbiose perfeita entre público e os diversos intervenientes”.
Questionado sobre a expansão do movimento a outras cidades portuguesas o responsável revela que a intenção é “criar uma comunidade de valores” que junte pessoas com a mesma intenção ao projeto, independentemente das profissões: “(Por isso), tudo depende dos parceiros que conseguimos”, para levar o evento a mais cidades, remata.