O sobreiro mais velho do mundo, localizado em Águas de Moura, no concelho de Palmela, vai ser atração turística como figura central de um novo parque que a Câmara Municipal de Palmela está a construir no local, avança hoje o Público.
Com uma idade estimada em 233 e mais 16 metros de altura, o sobreiro, conhecido como “casamenteiro” ou “assobiador” é dado como o mais antigo e produtivo do mundo. Descortiçado mais de 20 vezes desde 1820, a extração realizada em 1991 obteve 1200 quilos de cortiça, o suficiente para o fabrico de mais de cem mil rolhas.
A autarquia tem a decorrer uma empreitada de remodelação da zona envolvente à árvore, que vai transformar o local num novo espaço de lazer e visitação. A obra, adjudicada para 16.500 euros, inclui a colocação de uma plataforma em madeira para contemplação, placas interpretativas e sinalética, pilares adaptados ao local para evitar o estacionamento abusivo e, junto do espaço de jogo e recreio contíguo, uma zona de ginásio ao ar livre.
A Câmara Municipal de Palmela diz que a construção do novo parque “pretende proteger, valorizar e dar visibilidade a este importante espécime, criando, em simultâneo, melhores condições para a sua contemplação e fruição”.
Este sobreiro é uma das Árvores Monumentais de Portugal, e portanto, classificada como de interesse público pelo Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas. “Devido ao clima propício, existem em Portugal árvores que se distinguem de outras das suas espécies pelo porte, desenho, idade, raridade, interesse histórico ou paisagístico e são estas que são consideradas como monumentais”, explica o ICNF. Estão classificadas em Portugal Continental, 470 exemplares individuais como árvores monumentais e 82 conjuntos de árvores.