Os Serviços Municipalizados de Água e Saneamento de Sintra (SMAS de Sintra) registaram, em 2020, um valor de água não faturada de 18,4%, o mais baixo de sempre, declara a empresa.
Pelo segundo ano consecutivo, os SMAS de Sintra conseguem manter-se abaixo dos 20%, o valor preconizado pela Entidade Reguladora dos Serviços de Água e Resíduos (ERSAR), numa trajetória de redução que se verifica desde 2014. Nessa ocasião, os SMAS registavam 30,9% de água não faturada (incluindo as perdas físicas e as comerciais), correspondente a 8.475.162 m3, contra os 18,4% em 2020, equivalente a 4.895.704 m3, resultando numa poupança na ordem dos 3.579.458 m3.
Para este resultado dos últimos anos, “muito contribuiu o investimento em curso na renovação de infraestruturas, nomeadamente das redes de distribuição de água, no sentido de reduzir a ocorrência de roturas”, salienta o presidente da Câmara Municipal de Sintra e do Conselho de Administração dos SMAS de Sintra, Basílio Horta.
Os SMAS de Sintra têm em curso diversas empreitadas, como é o caso da remodelação das redes de abastecimento de água na Portela de Sintra, incluindo a execução de ciclovia (2 milhões de euros); em Mem Martins, com origem no reservatório de Ouressa (1 milhão e 523 mil euros); em Silva, Faião, Cabrela e Casais de Cabrela, na Terrugem (1 milhão e 600 mil euros) e na Serra das Minas (1 milhão e 844 mil euros), além da instalação de conduta e válvula redutora de pressão em Morelena (450 mil euros). A curto prazo, arrancará também a empreitada de remodelação da rede de abastecimento de água no Algueirão, com execução de ciclovia de ligação de Ouressa à Igreja do Algueirão (3 milhões e 500 mil euros).
Em 2020, foram concluídas diversas obras, como a remodelação das redes no Bairro Económico de Queluz (1 milhão e 790 mil euros), na Rinchoa (680 mil euros) e no Bairro da Tabaqueira (580 mil euros), além da construção do novo Reservatório de Casas Novas, em Almoçageme (1 milhão e 370 mil euros), e a requalificação e reconversão do Reservatório de Ranholas (1 milhão e 535 mil euros).
Além da remodelação das redes de abastecimento, os SMAS de Sintra têm desenvolvido um trabalho de instalação de zonas de medição e controlo (ZMC) e de pesquisa ativa de fugas não visíveis, quase uma centena em 2020, que se traduziu numa poupança de água na ordem de 1 milhão de m3.
“A realização destes investimentos permitirá melhorar o desempenho funcional e obter ganhos significativos do ponto de vista operacional, económico e ambiental”, realça Basílio Horta, que dá conta que os SMAS querem afirmar, cada vez mais, a sua missão e “ser uma marca de referência no desenvolvimento sustentável do município de Sintra, assente em elevados padrões de proteção e valorização dos sistemas ambientais e humanos, consolidando uma imagem de confiança, transparência e competência”.