Os Serviços Municipalizados de Água e Saneamento de Sintra (SMAS de Sintra) instalaram, recentemente, equipamentos de monitorização de unidades de tratamento de águas residuais, que permitem detetar ocorrências que resultem em descargas nas linhas de água e também contabilizar o caudal descarregado. Essas descargas, segundo os SMAS de Sintra, podem resultar de um excessivo caudal afluente associado a precipitação intensa, a falha no fornecimento de energia ou mesmo por avaria dos grupos de bombagem.
“Estes equipamentos permitem assim uma deteção rápida de qualquer ocorrência e, nesse sentido, uma intervenção célere das equipas operacionais com vista à resolução da anomalia”, referem os SMAS de Sintra, acrescentando que “a instalação dos equipamentos enquadra-se no objetivo de incremento da eficiência da prevenção da poluição, com consequente melhoria na qualidade do serviço prestado ao nível do tratamento de águas residuais”.
O funcionamento destes equipamentos, que serão instalados, gradualmente, em outras unidades, afigura-se muito simples: “engloba um detetor de nível que, ao ser ativado, transmite informação e aciona um sensor ultrassónico que contabiliza o caudal descarregado”. Estes equipamentos incorporam sistemas de bateria, o que confere grande autonomia, para além de assegurarem ligação ao sistema de telegestão dos SMAS de Sintra ou, em alternativa, permitirem a comunicação para contactos telefónicos definidos.
Esta solução já foi adotada com sucesso na EEAR (estação elevatória de águas residuais) de Anços, a título experimental, embora neste caso apenas contemple a deteção da descarga.
Os equipamentos foram instalados nas ETAR (estações de tratamento de águas residuais) de Colares-Sistema 1 e da Ribeira de Sintra e nas EEAR das Azenhas do Mar, do Rodízio, da Tojeira e de São João das Lampas.
A instalação de equipamentos desta tipologia, em unidades de tratamento na União das Freguesias de Sintra, Freguesia de Colares e na União das Freguesias de São João das Lampas e Terrugem, permitirá um maior conhecimento sobre as potenciais descargas que podem ocorrer nas instalações de águas residuais sob a gestão dos SMAS de Sintra, lê-se na mesma nota.