Os Serviços Municipalizados de Água e Saneamento de Sintra (SMAS de Sintra) promoveram, recentemente, uma ação de fiscalização centrada na deposição ilegal de resíduos no território da União das Freguesias de Queluz e Belas. Para além dos operacionais da área da fiscalização, a iniciativa contou com a presença do diretor delegado dos SMAS de Sintra, Carlos Vieira, da presidente da Junta de Freguesia, Paula Alves, e do vogal com o pelouro da Higiene Urbana, Daniel Canário.
“Um flagelo que ocorre um pouco por todo o concelho e constitui um problema à escala nacional”, descrevem os SMAS de Sintra, assegurando que, “em colaboração com as juntas e uniões de freguesia, tem sido melhorada a eficiência do sistema de recolha de resíduos, em particular ao nível dos volumosos, os chamados “monos”, mas também dos “verdes” e dos resíduos de construção e demolição”.
Nesta ação de fiscalização, a primeira paragem ocorreu no Pego Longo, na Avenida da Igreja, onde se amontoavam resíduos de construção e demolição. Apesar da proximidade da escola básica local, os SMAS de Sintra notam que são constantes as deposições ilegais, bem como o amontoado de cartão, mesmo junto a contentorização de recolha seletiva. Concretizada a limpeza do local, com recurso a funcionários da União das Freguesias e uma das duas viaturas de recolha de “monos”, a comitiva seguiu para o Bairro João da Nora, onde se verificou dois frigoríficos e alguns alguns móveis. Também, no extremo da freguesia, na Tala, identificou-se mais um aglomerado de resíduos. Finalmente, no centro de Queluz, nas ruas 31 de janeiro e Padre Inácio Antunes, a equipa deparou-se com com mais resíduos volumosos abandonados e depositados em plena via pública.
A escolha de Queluz e Belas para a ação de fiscalização deve-se ao facto de, nos primeiros cinco meses de 2023, esta União das Freguesias ter recolhido cerca de 400 toneladas de resíduos.
Até ao final de maio, o concelho de Sintra já entregou um total de 3.900 toneladas de “monos” na Tratolixo, empresa intermunicipal que reúne Sintra, Cascais, Oeiras e Mafra, o que significa um aumento de 25% em 2023 quando comparado com o período homólogo de 2022. Um indicador que, para os SMAS de Sintra deve exigir uma reflexão de todos, entidades autárquicas e cidadãos, sobre a necessidade de reduzir a produção de resíduos e, acima de tudo, evitar a proliferação dos mesmos no espaço público, um espaço que pertence a todos.
Num concelho com uma área geográfica de 320 km2, os SMAS de Sintra têm procurado, ainda, reforçar a fiscalização no sentido de garantir o cumprimento do Regulamento Municipal de Recolha e Transporte de Resíduos. Em 2022, foram levantados 227 autos de contraordenação, o que se traduziu em cerca de 70 mil euros de coimas.