#SmartandGreenTourismII: Apoios, distinções e governance como medidas capazes de acelerar a sustentabilidade no turismo
Sofia Santos fechou o debate “Financiamento verde, climático e sustentável” da conferência “Smart and Green Tourism II”, desafiando João Meneses, secretário-geral do BCSD Portugal, e Inês Costa, especialista em ESG na Deloitte, a partilharem algumas medidas que podem permitir ao setor do turismo acelerar a jornada da sustentabilidade.
A fundadora da Systeme foi moderadora deste debate, que contou ainda com Filipa Saldanha, diretora de Sustentabilidade do Crédito Agrícola, e Pedro Teixeira, diretor de Sustentabilidade do NEYA Hotels.
Ao nível do IAPMEI – Agência para a Competitividade e Inovação, João Meneses sugere a criação de um balcão de apoio ao investidor sustentável e de um Selo para Sustentabilidade: “Precisamos de balcões e selos para acelerar e apoiar os empresários”. No caso do selo, trata-se de um “reconhecimento de uma PME verde ou sustentável”, que requer “um conjunto de critérios a partir dos quais é feito um escrutínio da atividade da empresa”, sendo, posteriormente, “distinguidas no caso de uma performance ESG” bem sucedida. Por outro lado, “o balcão de apoio sustentável permitiria capacitar o setor para fazer face às oportunidades de financiamento disponíveis”, acrescenta.
Uma segunda medida passaria por um apoio muito importante que tem de ser dado pelas associações empresariais para capacitar o setor: “Há setores económicos que são compostos por uma grande percentagem de empresas pequenas e médias, como é o caso do turismo, e que estão menos capacitadas para esta transição”, atenta.
Questão da “Preparação, visão e estratégia é muito importante”
Por seu turno, Inês Costa defende a Governance como medida crucial: “Sem uma liderança que seja capaz de estar disponível para aprender estas questões, de conhecer as vantagens e de perceber que se trata de um investimento e não um custo, a empresa não perdura no tempo”. Por isso, a “questão da preparação, visão e estratégia é muito importante”, defende a antiga secretária de Estado do Ambiente.
Já do lado operacional, Inês Costa dá o exemplo da Deloitte, que tem trabalhado na própria gestão e em apoiar e reintegrar o desenvolvimento de ferramentas que permitam ter uma visão do metabolismo do projeto: “Temos trabalhado numa série de ferramentas que olha para esta questão de uma forma integrada, dando ao gestor e líderes uma visão mais sistémica do negócio e key points onde podem atuar para poderem desencadear medidas específicas para melhorar o seu perfil de sustentabilidade”.
A Conferência “Smart and Green Tourism II” foi promovida pela Ambitur, juntamente com a Ambiente Magazine, no âmbito da BTL – Bolsa de Turismo de Lisboa, que decorreu entre os dias 1 e 5 de março, na FIL – Feira Internacional de Lisboa.
📸 ©Raquel Wise