No mercado há já vários anos, a plataforma Smart Governance, criada pela Cave Digital, é uma solução que tem vindo a ser adotada por vários municípios nacionais e que tem permitido poupanças consideráveis no uso do papel. Em entrevista à Ambiente Magazine, Pedro Santana, prime consultant da Cave Digital, explicou que este é um projeto “que permite a desmaterialização de todos os processos de tomada de decisão nas diferentes organizações, sejam elas públicas, sejam elas privadas, dando ênfase para as câmaras municipais, onde permite uma grande poupança de recursos, nomeadamente em papel”. Como explica o responsável, “as reuniões dos executivos camarários têm uma quantidade enorme de papel, são resmas e resmas, fora o papel que é utilizado na criação de propostas desde o início até ao final do processo. Há muita impressão, muito toner gasto, muita água gasta no processo de criação de papel e este processo permite a ligação de todos estes pontos, obtendo eficiências, tanto a nível ambiental, como a nível de eficiências de tomada de decisão”.
Ao longo dos últimos dez anos, a plataforma tem tido uma grande aceitação por parte das câmaras municipais, sendo os municípios do Porto, Lisboa, Guimarães, Cascais, Loulé, Santarém e Almada alguns dos seus utilizadores. “Também, por exemplo, temos o Hospital Amadora-Sintra, algumas universidades, alguns reguladores, etc”, acrescentou o responsável
Segundo o responsável, a plataforma deverá permitir uma poupança “em papel” de aproximadamente “500 árvores” por ano, “o que representa, principalmente nas câmaras municipais, uma grande redução”, ao que se juntam os “custos da preparação de papel, a água que é gasta na produção de papel, a eletricidade, etc. Para além de que há outros custos referenciados como os toners, etc, que não precisam de ser usados”, lembra Pedro Santana.