Hoje é o último dia da conferência Energy and Mobility for Smart Cities, que está a decorrer em Cascais, onde estão reunidos vários especialistas para debaterem os desafios da criação de cidades inteligentes.
Conscientes de que este é um processo de gerações e que existem desigualdades sociais no acesso a estas tecnologias não fica esquecida “a enormíssima oportunidade” de negócio – e de criação de emprego – que este novo paradigma representa, avança o Jornal de Negócios. “É algo a que a sociedade tem de se agarrar e ficar entranhada”, disse o presidente de Cascais, Carlos Carreiras. “Precisamos de estratégias que motivem as pessoas a participar e a fazer parte deste movimento de sustentabilidade”, acrescentou David Rua do INESCTEC. O poder local, pelo menos em Lisboa e em Cascais, diz-se disposto a ajudar nessa divulgação e a criar parcerias.
Dos longos debates e discussões, já se ficou com uma certeza: “a tecnologia está bastante desenvolvida e o seu ritmo de evolução é crescente”. Onde está então o verdadeiro desafio deste setor? “Nos comportamentos dos cidadãos”, concluíram.
Já do Porto chega a ideia de que toda a informação que permite este processo está acessível, “basta aproveitá-la”. “A cidade produz muita informação que não conhecemos”, afirmou o vereador Filipe Araújo.
Vladimiro Feliz do CeiiA lançou, ainda, a ideia de que “os consumos de água ou eletricidade, tratamento de resíduos e soluções verdes de mobilidade, poderão vir a ser controlados a partir de uma simples aplicação no telemóvel”. “Aqui coloca-se uma questão de resposta difícil: até que ponto se invade a privacidade? As pessoas estão cada vez mais disponíveis para que as plataformas decidam por elas”, concluiu.