“Uma Estratégia Unívoca para o Sector Florestal” foi o tema do simpósio que a ESRI Portugal organizou hoje em Lisboa. Miguel Galante, adjunto do secretário de Estado das Florestas e do Desenvolvimento Rural, foi um dos participantes, e evidenciou as mais-valias dos Sistemas de Informação Geográfica (SIG) para a floresta nacional. O responsável considerou que tanto ao nível dos Planos de Ordenamento, dos Planos de Gestão e das Zonas de Intervenção, como na estratégia de combate aos incêndios florestais, a Secretaria de Estado das Florestas e do Desenvolvimento Rural considera que os Sistemas de Informação Geográfica (SIG) são essenciais para o seu sucesso. Miguel Garante aludiu ainda à importância da certificação da gestão da floresta. “É necessário os Planos de Gestão Florestal para termos uma floresta bem gerida, mais produtiva, certificada, para que as nossas indústrias sejam competitivas nos mercados globais. A certificação é um novo desafio que se coloca ao país, sabemos que sem se ter uma boa base de dados ao nível cartográfico, será difícil”. O responsável lembrou mesmo que “o próximo desafio que se coloca ao nosso país, nos próximos dois, três anos, está relacionado com a rastreabilidade da origem dos componentes da madeira. Está neste momento em fase de transição um regulamento comunitário que vai obrigar toda a madeira que é cortada, estar identificada do seu proprietário, para que possa entrar no mercado europeu”. Quanto às Zonas de Intervenção Florestal (ZIF), o responsável afirma que “estão a fazer o seu caminho”. Aliás, desafiou mesmo a ESRI a apresentar uma ferramenta (SIG) que se aplique ao Plano de Gestão de Florestal, como nas ZIF. Para o responsável, as SIG serão inevitáveis nesta área, “uma ferramenta destas permite ganhar tempo precioso e hectares preciosos aos fogos, em caso de incêndio”, além de estarmos a “contribuir para que o país utilize melhor os seus recursos, por exemplo, em caso de incêndios que não se desperdice dinheiro”. Miguel Galante, adjunto do secretário de Estado das Florestas e do Desenvolvimento Rural, considera ainda que “as autarquias olham pouco para o território”. “Conheço a realidade nacional há muitos anos. Infelizmente, as autarquias estão muito focadas no que diz respeito ao núcleo urbano e olham pouco para o território”. Por seu turno, Gonçalo Magalhães Collço, administrador-delegado da ESRI Portugal, considerou na abertura do evento que com os SIG podemos ter uma visão integrada, permitindo agir da melhor forma, por exemplo, ao nível da protecção da floresta, quer por incêndios, como por pragas. Para o responsável “a Protecção Civil tem de ter uma capacidade de interligação de várias áreas para a protecção da floresta, apesar de cada uma das entidades que coordena não o necessitar de ter”.Por redacção
Água e energia (II): A tecnologia como fator de diferenciação e sustentabilidade
As empresas do setor da água e da energia têm vindo a aproveitar cada vez mais as mais-valias da tecnologia...