A construção de três novas grandes barragens e centrais hidroelétricas, incluindo uma central de armazenamento de bombagem que ficará localizada nos rios Tâmega e Torno, no norte de Portugal, prossegue a bom ritmo, cumprindo com os timings previstos desde o início do projeto e estando já assegurada 35% da sua construção. Até 2023 – decorridos nove anos desde o início das obras – o
Sistema Eletroprodutor do Tâmega deverá estar completamente concluído.
Os trabalhos de construção da barragem de Daivões avançam a bom ritmo. Em abril, iniciou-se a betonagem da barragem com cerca de 242 mil m3 de betão. Esta etapa da obra tem uma duração prevista de aproximadamente um ano, sendo que ficará concluída em 2019.
A par deste processo prosseguem também os trabalhos programados em Gouvães, estando já em desenvolvimento a montagem dos quatro grupos do aproveitamento. Os grupos ficarão alojados numa caverna com um volume equivalente a 25 piscinas olímpicas.
Esta central será reversível, ou seja, permitirá armazenar água do reservatório de Daivões no reservatório de Gouvães, aproveitando os mais de 650 metros de diferença de altura entre ambas as zonas. Desta forma, a bombagem poderá ser feita quando houver um excesso de produção de energia no sistema, permitindo recuperá-la quando for mais necessária.
Os trabalhos no Aproveitamento do Alto Tâmega avançam também de acordo com o cronograma, estando previsto realizar o desvio do rio nas próximas semanas.
A relação com o Banco Europeu de Investimento para uma aposta verde
Em 2016, 28,5% da energia consumida em Portugal foi produzida através de fontes limpas, sendo esperado que o país atinja 31% em 2020. Este projeto define um contributo claro da Iberdrola para o alcance destas metas, uma vez que o Sistema Eletroprodutor do Tâmega, com uma capacidade instalada de 1.158 MW e uma produção energética anual na ordem dos 1.766 GWh, representará um aumento de mais de 6% da potência elétrica total instalada em Portugal.
Neste âmbito, é de destacar que no passado mês de julho o Banco Europeu de Investimento aliou-se à empresa concedendo um empréstimo de 500 milhões de euros, a primeira parcela do fundo total de 650 milhões de euros aprovada para financiar este projeto e para suportar a contribuição da Iberdrola na redução da dependência do mercado ibérico em energia fóssil e das emissões de CO2.
A contribuição socioeconómica do Sistema Eletroprodutor do Tâmega
O projeto faz parte do Programa Nacional de Barragens com Elevado Potencial Hidroelétrico (PNBEPH). A Iberdrola ganhou em 2008 a concessão para planear, construir e explorar as centrais seguindo um processo competitivo de licitação. Trata-se de um dos mais importantes projetos hidroelétricos levados a cabo na Europa nos últimos 25 anos.
Na fase de construção do projeto, serão gerados cerca de 13.500 novos empregos, entre diretos e indiretos, mantendo-se várias centenas deles durante a fase de operação, como forma de contribuição para o desenvolvimento local das regiões afetas ao empreendimento.
Além disso, serão canalizados 50 milhões de euros para projetos culturais e sociais nos sete municípios envolvidos (Ribeira de Pena, Vila Pouca de Aguiar, Boticas, Chaves, Montalegre, Valpaços e Cabeceiras de Basto), nomeadamente no desenvolvimento de infraestruturas, instalações desportivas, serviços comunitários, etc.